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Ho Chi Minh, Vietname – a cidade de “Saigão”… um encontro com a guerra do Vi

Foto do escritor: aroundtheworldtravelaroundtheworldtravel

Anoitece cedo nesta época do ano no Vietname. Por isso, apesar do voo desde Da Nang ter chegado a Ho Chi Minh City ao final da tarde, já era noite começava a cair…

Fazemos sempre a pesquisa dos voos no Skyscanner pois assim ficamos com uma visão global dos preços praticados pelas diversas companhias aéreas e dos horários disponíveis. Tem sido um motor de busca essencial! É só escolher a opção que mais nos convém e somos redirecionados para as várias hipóteses de reserva… DICA: APÓS FEITA A ESCOLHA ir ao site da PRÓPRIA COMPANHIA AÉREA… mesmo que o skyscnaner mostre opções mais baratas… é, de certeza, a mais segura a reserva na própria companhia e mais fácil a comunicação direta quando surgem contratempos!

Aproveitando as vistas da piscina no rooftop do hotel, tivemos um sunset relaxante para recuperar energias para a efetiva exploração da cidade no dia seguinte…

Ficamos no hotel Silverland, em pleno centro…https://www.booking.com/hotel/hochiminh



Mas há opções para todos os gostos nesta enorme cidade… Booking.com

Notamos logo a grande subida da temperatura do ar em relação do centro e norte do pais e também a humidade que pairava no ar a par da grande confusão de carros e motas em que novamente nos encontrávamos.

Ainda nessa noite demos uma pequena volta pelas redondezas passando pelo mercado noturno de “Cho Ben Thanh” e jantando nessa zona, sempre comida local pois testar sabores faz parte de qualquer viagem!

Tínhamos assentado arraiais no distrito 1, o mais central, por isso fomos a pé descobrir a cidade: começamos pelo Reunification Palace onde foi assinada a reunificação do sul e norte do país



e dai rumámos ao War Remnants Museum que nos dá conhecer o que foram os horrores da guerra do Vietnam como a pesada herança deixada pelo químico usado pelos americanos, o “Agent Orange”, uma espécie de herbicida altamente cancerígeno lançado por aviões dos Estados Unidos para destruir a vegetação e assim deixar os “vietcongs” sem locais onde se esconder e a destruição causa pelos bombardeamentos de napalm, fogo liquido que se colava aos corpos dizimando indiscriminadamente a população. O lado negro da história deste país!

Após visitar três ou quatro salas de exposições, de artefactos e fotografias espalhadas pelos três pisos do edifício sentimos impelidos a de lá sair, horrorizados com as imagens que mostram claramente soldados praticando as mais inacreditáveis injúrias de guerra e rostos e corpos desumanamente mutilados ou transformados pelos efeitos das armas químicas e impressionados com os reflexos tão evidentes deixados na população vietnamita até os dias atuais.




Até então tinha sido só “coisas boas” aquelas com que nos tínhamos deparado mas aquele lugar estava carregado de uma energia negativa que não nos fazia bem…tal como os campos de concentração, sou da opinião que estes locais devem existir e devem ser visitados, para aprendermos, para nos chocar, precisamente para não deixarmos que a história se repita!



E esta é a história moderna desse país que se viu envolvido numa das mais sangrentas e avassaladoras guerras que o planeta já sustentou. É verdade que neste museu só está um “ponto de vista”, é verdade que é patente o ódio aos norte americanos sem mostrar o “outro lado”, sobretudo após a ajuda “estratégica” da Rússia que ainda mais politizou o conflito, mas convenhamos que não há como arranjar desculpas para tantas atrocidades!

Depois entre templos budistas como “Jade Pagoda” e hindus como “Sri Mariamman” exploramos algumas das ruas e avenidas com destaque para “Nguyen Thi Minh Khai” e “Dong Khoi”.



cruzámos alguns edifícios emblemáticos, a Ópera, a Catedral de Notre Dame e o Central Post Office

e acabamos com a vista panorâmica no topo da Bitexco Financial Tower.






Sendo uma grande metrópole com cerca de 7 milhões de habitantes e mais de 3,5 milhões de motas, Saigão, como também é conhecida, já está mais ocidentalizada e portanto apesar de ser uma cidade típica do sudoeste asiático com o seu característico trânsito, o barulho das buzinas por todo o lado e muito calor e humidade, já não tem o encanto de Hanoi!

Aqui abundam os semáforos, que são “minimamente” respeitados, há uma “ordem” de circulação nas ruas, motas encostadas à direita e carros à esquerda e apesar das inevitáveis exceções e de ser usual os motociclistas usaram os passeios para conseguirem progredir no transito já nos pareceu uma desorganização mais organizada.

Também os seus habitantes já não transmitiam a “pureza” dos da capital ao norte do país: os jogos tradicionais davam aqui lugar aos telemóveis em punho, as “reuniões” de rua nos pequenos bancos rentes ao chão davam lugar a bares “ocidentalizados” com música comercial e marcas franchisadas.

O dia seguinte foi passado fora do centro da cidade, numa “tour” que nos levou de novo ao encontro da guerra do Vietname, desta vez fora de museus, para conhecer o real palco da guerra, preservado a cerca de 40 quilómetros, os túneis de Cu Chi.

Por lá sentimos o calor húmido da selva e a sua densa vegetação não sendo difícil de imaginar a facilidade com que por lá se propagavam as doenças, como a malária fruto da picada de mosquitos.



Vimos uma cratera aberta por uma bomba lançada por um B52 e pudemos testemunhar a eficácia dos métodos artesanais na elaboração de “ratoeiras” com que os norte americanos eram apanhados e ver de perto todas as técnicas usadas nas emboscadas e que foram permitindo apesar da discrepância abismal da força armada em desfavor dos vietnamitas que estes não se deixassem vencer, exercendo uma guerra psicológica do “gato e do rato” que deixava loucos os seus adversários.

O ponto alto da visita foi quando pudemos mesmo rastejar por um dos túneis subterrâneos preservados da altura da guerra, um verdadeiro labirinto subterrâneo escuro e apertado que, na época continha hospitais, quartéis generais e armazéns para comida e munições. Estes túneis, aliados ás referidas engenhosas armadilhas espalhadas pela floresta foram a principal arma dos guerrilheiros vietnamitas contra o exército americano, que os tentou inundar e explodir, sem sucesso.

Após percorrermos apenas cerca de cem metros debaixo de terra, sempre vergados (e somos pequenos) e onde a certo ponto nos vimos mesmo obrigados a rastejar para prosseguir, tal o buraco estreitou e diminuiu de altura, ficamos a imaginar como era possível que os vietnamitas passaram dias lá dentro, e no auge da guerra, só saíssem durante a noite para caçar e preparar novas armadilhas. Uma experiencia não aconselhável a quem sofra de claustrofobia!









Para quem quiser há também a possibilidade de comprar munições e atirar em alvos com armas que eram usadas durante a guerra. O barulho era ensurdecedor e mais nos fazia recuar no tempo e imaginar o cenário de guerra, mas não era atividade que nos entusiasmasse realizar, demasiado bélico e violento para o nosso gosto. Passamos ao lado.

Antes de abandonarmos o local fomos surpreendidos por mais uma “pérola” com que as tropas inimigas era brindadas…um minúsculo buraco no solo, acessível subterraneamente pelo sistema de túneis, tapado com uma cobertura camuflada que lhe permitia aparecer e desaparecer, atacar e fugir num ápice, sem nunca ninguém se aperceber de onde apareciam e como tão misteriosamente “evaporavam” no nada!!!!







Por estradas lotadas e em péssimo estado seguimos depois para o Delta do Mekong para um passeio de barco pelos seus estreitos canais.



Foi o nosso primeiro contacto com este rio que nasce no planalto do Tibete e depois de percorrer a província chinesa de Yunnan, entra em Myanmar, passa pela Tailândia, Laos, Cambodia e percorre até ao sul Vietname onde desagua no Mar da China Meridional.

A escassos quilómetros de Ho Chi Minh e antes de o reencontrarmos, a norte, em Luang Prabang, decidimos ir ao encontro de uma das biodiversidades mais ricas do mundo com mais de 1200 espécies de peixe já descobertas e que dele fazem uma fonte vital para a dieta da população local.

Tínhamos em vista um passeio que nos proporcionasse uma visita aos mercados flutuantes, ás povoações de pescadores e aos viveiros de peixe através dos seus múltiplos canais. Acabamos por ter azar neste “tour”. Na verdade, quisemos fazer tudo num dia, túneis de Chu Chi e passeio no Delta e este ultimo acabou por ser prejudicado pois apenas tivemos direito à travessia do leito principal para a localidade de MyTho onde após um breve contacto com as inofensivas abelhas e uma prova de chá com mel, percorremos o caminho entre arvores de frutos exóticos até um dos canais onde apanhamos um pequeno barco a remos para fazermos um mini percurso circular de volta ao cais e dai de volta à mini van que nos levaria ao hotel, já noite feita.

Fica aqui o link da tour que fizemos para quem não tenha forma de dividir a visita em dois dias: https://www.getyourguide.com/ho-chi-minh-city-l272/ho-chi-minh-city-full-day-cu-chi-tunnels-mekong-delta

Para quem possa dedicar um dia a cada lugar aconselhamos fazer as tours separadas pois vão aproveitar muito mais o Delta do Mekong:

Na hora de deixar este país ficaram na memória imagens como o bairro antigo de Hanói, a avassaladora baía de Halong, as coloridas lanternas de Hoi An, os templos secretos dentro das Marble Mountains em Da Nang, o húmido, tropical e mal explorado Delta do Mekong e os cuchi tunnels de Ho Chi Minh!

Com uma gastronomia ímpar, uma cultura milenar e paisagens deslumbrantes este país presenteou-nos com os seus contrastes… a agitação constante e difícil de igualar nas grandes cidades onde as motos andam literalmente por todo o lado e atravessar uma rua torna-se um verdadeiro desafio! E uma tranquilidade absoluta nos campos de arroz por onde abundam as libélulas, os búfalos e os agricultores com chapéus cônicos, alheios a quem passa!

Mas estava na altura de dizer “Goodbye Vietname”!

Para tirar ideias de outras atividades:

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Todos os textos são da autoria de Olga Samões e todas as fotografias deste blog são da autoria de José Carlos Lacerda, exceto onde devidamente identificado. Proibida a reprodução de quaisquer textos e/ou imagens sem autorização prévia dos autores

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