O melhor de Tóquio é estar em Tóquio!
Tóquio é caos, multidões, néon, arranha céus e… templos históricos budistas, santuários xintoístas e lugares bucólicos!
Cosmopolita, moderna, tumultuada, cativante e vibrante, ao mesmo tempo uma mistura tradição e futuro.
E, tudo isto tão diferente da cultura ocidental!
Com mais de 37 milhões de habitantes na área metropolitana, Tóquio é a capital do Japão a maior cidade do mundo!
O seu gigantismo pode ser um pouco assustador no início, mas a boa notícia é que existe quase que uma organização e disciplina “cultural” que faz tudo parecer simples. Engana-se quem pensa que a dimensão da cidade faz as coisas saírem de controle…
Gerir uma cidade tão grande e garantir qualidade de vida, educação de qualidade e ótimos índices empregatícios não é uma tarefa fácil, mas Tóquio sai-se na perfeição nesta tarefa.
Ao percorrermos as ruas de Tóquio, fomos sendo surpreendidos com o nível de organização e limpeza dos seus habitantes e com a eficiência do serviço de transportes públicos, que nunca se atrasa!
Deslocamo-nos para todos os locais que visitamos a pé ou de metro… e aqui está a grande dica: apesar de poder, ao início, ser assustador “enfrentar” um metro nesta gigante capital, nada há de mais fácil, simples, intuitivo e bem indicado (inclusivamente com as traduções ocidentais)!
E o metro é uma “atração” em si… impressionante a forma ordeira como tudo funciona: desde a forma como as pessoas sobem e descem as escadas, sempre junto ao “seu corredor” á esquerda (por aqui o sentido do trafego ser “á inglesa”) e com “perpendiculares perfeitas” para não se cruzarem, até ás filas ordenadas que se formam em cada lateral das entradas para o metro, organizadas de forma a que primeiro saiam os passageiros, passando pelo “silêncio “ que todos respeitam em face das regras afixadas de “proibido falar alto” / “proibido o uso de telemóveis”!
O nosso ROTEIRO na cidade de Tokyo foi o seguinte:
Tokyo Tower
Nada como começar logo a ver a cidade desde cima!
Para isso fomos até á “Tokyo Tower”, fruto da modernização do Japão no pós guerra. A torre foi inaugurada em 1958 para abrigar as antenas retransmissoras das emissoras de rádio e TV da NHK. Com 333 metros de altura, é a segunda estrutura mais alta do Japão, só fica atrás da “Tokyo Skytree”.
As parecenças com a Torre Eiffel são óbvias… na verdade, esta torre foi inspirada diretamente na torre francesa e depois pintada de laranja e branco!
Tais cores, ficamos a saber, são para cumprir os regulamentos de segurança aérea!
Santuário Meiji
Situado em pleno Parque Yoyogi, o Santuário Meiji é um oásis no meio da loucura de Tóquio. Ao atravessar o primeiro “Torii”, os típicos portais nipónicos, é como entrássemos noutro universo… no meio da efervescência da cidade, a atmosfera é, agora, de paz! Por um instante não parece que estamos no coração da maior cidade do mundo.
Passamos depois pelos fotogénicos barris de saquê, que nos aguçaram a curiosidade!
Tratam-se de doações de empresas e famílias ricas para agradecer pelo progresso da indústria do saquê – bebida nacional do Japão – e da indústria de uma forma geral. E gratidão é o sentimento mais sagrado num templo xintoísta.
Antes de entrar no complexo de templos detivemo-nos na pequena “Temizuya” existente no lado esquerdo. Trata-se de uma pequena fonte igual a tantas outras que existem na entrada dos templos, usadas para purificação antes de entrar no pátio do santuário.
O ritual não é obrigatório, mas é visto pelos japoneses como sinal de respeito.
Primeiro pega-se no “dipper” – uma espécie de concha – e lava-se a mão esquerda. Depois, a mão direita. Enche-se a mão esquerda com água e bebe-se. Lava-se de novo a mão esquerda, passa-se água limpa pelo “dipper” e pronto, estamos purificados e aptos para entrar no santuário!
O santuário é um templo xintoísta dedicado ao Imperador Meiji, conhecido por ter posto fim ao isolamento mundial do Japão no século 19 e dado os primeiros passos para o desenvolvimento do país.
O templo, fundado em 1920, foi completamente destruído pelos bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial, mas felizmente foi reconstruído em 1958 com a ajuda de doações que vieram de diversos cantos do mundo.
Além do santuário, ao redor do imenso pátio á sua frente, vários templos de arquitetura shimmei, a mesma dos palácios imperiais, foram construídos em madeira e cobre e ostentam altares precioso, que, no entanto, não podem ser fotografados… para guardar para sempre nas nossas memórias.
Várias cerimónias e ritos são por aqui realizados e tivemos a sorte de presenciar uma delas!
Templo Asakusa (Sensōji)
O Templo budista Asakusa é o principal, o mais antigo e famoso da cidade e também o mais movimentado… inúmeros japoneses devotos e uma multidão de turistas fazem deste local um dos lugares mais cheios de Tóquio.
Diz a lenda que no ano de 628, dois pescadores navegavam pelo Rio Sumida sem conseguirem pescar um único peixe até que veio parar ás suas redes uma imagem da deusa Kannon e milagrosamente as redes encheram-se de peixes e a fartura reinou em Asakusa.
Em homenagem á deusa Kannon, deusa da misericórdia, foi feito um templo chamado de Senso-ji, agora popularmente conhecido como Templo Asakusa, por se situar neste bairro.
Mais de 1300 anos de história depois, e decorridas tantas as transformações no Japão, além dos bombardeios da Segunda Guerra Mundial, pouco sobrou do templo original, apenas a localização.
Para chegarmos ao templo propriamente dito e após passarmos um portal portal lindíssimo, vem o caos… A Nakamise, uma rua de 200 metros de barraquinhas de comida e lojinhas de souvenirs !
Comprado o gato da sorte, chegamos ao Kaminarimon, o “Portão do Trovão”, que impressiona pelo seu tamanho, pelas lanternas gigantescas e pelas suas cores vermelha e branca… um dos cartões postais de Tóquio.
Ao atravessar o portal chegamos no pátio principal que tem, ao fundo o Templo e ao seu lado a imensa pagoda de 5 andares, uma réplica da construção original de 1923 que não resistiu aos estragos da guerra.
Aqui aprendemos mais um ritual: após lavar as mãos, curvamo-nos duas vezes, batemos palmas duas vezes, fizemos um pedido… voltamos a curvar-nos mais e mais uma vez, retiramos os sapatos e entramos para nos deleitarmos com o seu o altar folheado a ouro!
Uma oportunidade para agradecer estar naquele local, no meio de uma cultura tão diferente!
Shibuya
Mas o nosso primeiro dia em Tóqui não podia acabar sem “sentir” que realmente estávamos na capital japonesa!
E, no nosso imaginário Tóquio é…Shibuya!
É aqui, neste que é um dos bairros mais movimentados de Tóquio, que fica um dos cruzamentos mais famosos do mundo: quando 8 semáforos se fecham ao mesmo tempo e o caos organizado instaura-se. As 5 passadeiras para peões enchem-se naquela que é uma lição de disciplina oriental ao melhor nível!
Para além disso, no “Shibuya Crossing”, como é chamado, há pessoas de todos os cantos do mundo a viver ao nosso lado esta experiência antropológica e multicultural ímpar! Turistas como nós “posando para a foto” ou filmando a multidão por entre japoneses apressados para chegar ao trabalho… estima-se que mais de 3 milhões de pessoas atravessem essas ruas diariamente!
Atravessamos para um lado, esperamos o sinal para os carros fechar e voltamos a atravessar para o outro… uma, duas, três vezes… até cansar! Este é o ritual de Shibuya! Pode parecer ridículo mas estar no cruzamento mais famoso do mundo e sentir a pulsação da cidade foi uma da experiencias mais incríveis que tivemos em Tóquio!
Até porque esta visita á noite é ainda mais marcante…uma profusão de letreiros luminosos quase que nos hipnotizam!
Ao regressarmos á estação de metros ficamos ainda a conhecer a estátua de bronze do Hachiko, o famoso cão que acompanhava seu dono, Hidesaburō Ueno, um professor Universidade de Tóquio, todos os dias até a estação e o esperava no fim do dia.
Conhecem a história? É emocionante… O professor Ueno morreu em 1927 e durante os dez anos seguintes o Hachiko ia todos os dias até a estação esperar pelo dono. A história de Hachiko foi adaptada pelo cinema no filme “Hachi: A Dog’s Tale” (“Sempre ao seu lado”) onde o papel de Ueno é interpretado por Richard Gere.
A famosa estátua foi colocada do lado de fora da estação em 1948 e para os japoneses, Hachiko é sinônimo de lealdade.
Regressamos no dia seguinte, durante a tarde, só para ver o cruzamento de cima á luz do dia… Fomos diretos para ao segundo andar do Starbucks que tem um “miradouro” envidraçado com vistas privilegiadas!
Além do famoso cruzamento, percorremos ainda as ruazinhas do bairro de Shibuya onde as “Jidouhanbaiki” (maquinas de vendind) que vendem de tudo um pouco, dividem o espaço com lojas de cosmética, de marcas famosas e sex-shops, com especial destaque para a rua pedestre Center Gai.
Shinjuku
O hotel escolhido em Tóquio, o “Keio Plaza Hotel” situava-se na zona Shinjuku que é composta por duas áreas distintas: o lado do nosso hotel, a parte empresarial e administrativa de Tóquio, um centro de negócios com inúmeros arranha-céus e o lado boémio em “Kabuki-Cho” com cinemas, teatros, neons, entretenimento, karaoke, bares e casas de pachinko (videogame) e entretenimento adulto de Tóquio.
A “servir-nos” tínhamos nada mais nada menos que a “Shinjuku Station”, a a maior estação do MUNDO! Por lá passam mais de 2 milhões de pessoas POR DIA. É gigante, mas como já referimos super organizada e intuitiva.
Ginza
No segundo dia, após termos passado pela zona de Ginza, uma área “chique” e cheia de lojas enormes, restaurantes, grifes famosas onde se destaca o WAKO Main Building, um prédio-símbolo do bairro, com o relógio no topo, fomos para outro bairro que faz mais “o nosso género”, Akihabara, a meca dos produtos eletrónicos e novidades tecnológicas em Tóquio.
Akihabara
Já desde a era feudal que este bairro é direcionado para o comércio e foi aqui que, nos anos 30, os mais modernos aparelhos de rádio da época eram vendidos. Nos anos 60 e 70 chegaram os “eletrónicos”. De tal forma que o bairro é até hoje conhecido por Eletric Town (Akihabara Denki Gai).
Percorremos a Chome Sotokanda, uma avenida com um número incontável de lojas distribuídas por enormes prédios, lojas de rua e uma infinidade de shoppings. São edifícios de até 20 andares com centenas de lojas e mil e um produtos, desde tudo o que possam imaginar que se relacione com eletrónica e tecnologia até brinquedos eletrónicos e uma infinidade de “action figures” dos personagens mais famosos da cultura pop japonesa.
Aqui é também o paraíso para os fãs de mangá, anime e cosplay (aqueles que se vestem como seus personagens favoritos), é aquele tipo de lugar, que assim como Shibuya, nos faz realmente sentir que estamos na capital japonesa.
Mercado de Tsukiji
Fomos ainda visitar o famoso mercado de peixe de Tsukiji, a funcionar no centro da capital japonesa.
Para além dos seus vários milhares de trabalhadores, este espaço labiríntico onde largas dezenas de triciclos elétricos circulam incessantemente entre bancas de peixe e hortaliças, recebia diariamente cerca de 40 mil visitantes.
As suas vendas diárias atingiam uma média de 12 milhões de euros abastecendo os restaurantes mais caros e os supermercados de Tóquio desde 1935.
Soubemos que, entretanto, em 2018, fechou aqui as “suas portas” e mudou-se para Toyosu, uma antiga fábrica, na baía de Tóquio.
Esta mudança do mercado de Tsukiji desencadeou, no entanto, um grande descontentamento uma vez que já era considerado um dos ícones da cidade.
Apesar de lá termos passado já durante a tarde e o seu apogeu ser a madrugada, quando por lá ocorrem os famosos leilões de atuns, e muitas das suas bancas estarem em arrumações, sinal de que os principais negócios há muito que tinham sido concluídos, foi um privilégio para nós ainda ter conhecido este mercado no seu “sitio original”.
Harajuku
Seguimos para Harajuku mais precisamente para a rua Takeshita, que não podia falhar neste roteiro!
Esta pequena rua de pedestre é o grande reduto da cultura pop japonesa: um mundo de animes, músicas, cores e luzes pulsantes, onde o estranho e o bizarro caminham lado a lado… Onde os japoneses colocam a sua criatividade para fora em termos de vestimenta!
Odaiba
E o dia terminou em Odaiba, a parte mais moderna e futurística de Tóquio, com shoppings e prédios modernos.
Cruzamos de metro a “Rainbow Bridge” para esta ilha artificial para irmos jantar junto ao píer num dos inúmeros restaurantes com vistas privilegiadas para a “Tokyo Bay” e para a ponte iluminada.
Por lá também encontramos, para nossa surpresa, uma Estátua da Liberdade! Esta bela réplica com pouco mais de 12 metros está localizada no parque Odaiba Kaihin-Koen e chegou aqui em 1998 durante um exposição Franco-Nipônica em comemoração do “Ano Francês do Japão” e como tal representa a amizade entre o Japão e a França.
No nosso artigo “genérico” sobre o JAPÃO podem consultar o GUIA PRÁTICO, com todas as informações sobre este destino! Hotel em Tóquio: “Keio Plaza Hotel”
SERVIÇO DE TRANSPORTES PÚBLICOS DE TÓQUIO
O sistema de transporte público de Tóquio o é altamente desenvolvido, coberto por uma densa rede de linhas de comboios, metros e autocarros, mas na prática revela uma estrutura inigualável. Nós só usamos o metro e conseguimos ir a todos os locais que nos propusemos conhecer nos dias que tínhamos para visitar a cidade.
Mas depois, dada a dimensão da cidade, as caminhadas são inevitáveis, principalmente dentro do mesmo distrito.
A rede de metros da cidade é operada pelas empresas Tokyo Metro, que conta com nove linhas, e a Toei Subways, com quatro linhas. Juntas, cobrem toda a área central, especialmente dentro do círculo Yamanote e ao redor de Ginza.
Os bilhetes para viagens rumo aos principais distritos custam entre 170 e 300 yens e podem ser obtidos nas diversas máquinas de vending disponíveis nas entradas das estações. É necessário conferir no mapa o valor exato da tarifa, que altera de acordo com o percurso percorrido.
Por isso, o melhor a fazer é adquirir bilhetes únicos ou cartões pré-pagos até porque costumam sair mais em conta.
Tokyo Free Kippu
Também conhecido como Tokyo Tour Ticket, dá acesso ilimitado a todas as linhas de metro (Toei e Tokyo Metro) e comboios JR na área central num dia de calendário (ou seja, do primeiro ao último comboio do dia) e em autocarros operados pela Toei.
Bilhete do Metro de Tóquio
Uso ilimitado de todas as linhas de metro (Toei e Tokyo Metro) – FOI A NOSSA OPÇÃO
Não é válido nos comboios JR.
Tokunai Pass
Uso ilimitado de comboios JR na área central durante um dia de calendário. O passe está disponível para venda nas máquinas de cor roxa e bilheterias das estações JR. Valor: 750 yens.
Em geral, um táxi no Japão sai caro, especialmente se considerarmos a quantidade de transportes públicos de qualidade disponíveis, mas o seu uso ocasional dos táxis para curtas distâncias pode ser bastante cómodo e apropriado. No entanto, a maioria dos motoristas não fala inglês pelo que nos foi logo recomendado ter à mão o endereço do destino escrito em japonês e, como poucos aceitam cartões ter dinheiro japonês para o pagamento.
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