Ao programar a nossa road trip que nos ia levar pela maioria dos países dos Balcãs consideramos essencial conhecer a história desta região para assim poder compreender melhor os locais por onde iriamos passar.
E foram 7 os países que percorremos e dos quais dedicamos artigos individuais para cada um dos seguintes locais, pela ordem que os fomos visitando:
No fim deste artigo deixamos um GUIA PRÁTICO com todas as dicas de como organizamos esta viagem de carro durante 2 semanas, como chegar, onde ficar, etc!
IMPÉRIO OTOMANO
Durante os séculos XV e XVI, o Império Otomano, com capital em ISTAMBUL, tornou-se um dos estados mais fortes do mundo, englobando boa parte do Médio Oriente, do Leste Europeu e do norte da África
Até ao século XIX a região dos Balcãs fazia parte desse império, daí que ao longo das nossas visitas fomos temos várias referências que nos vão remeter para mercados e edifícios ainda preservados dessa época. A herança “turca” e religião muçulmana acompanhou-nos grande parte da viagem.
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Mas, com a degradação deste império, ideias nacionalistas começaram a ganhar força e, com o apoio da Rússia e das potencias europeias ocidentais, é assinado o tratado de Berlim (1878) que reconhece a independência da Roménia, Sérvia e Montenegro, a Bósnia ficaria sob ocupação do império austro-húngaro e apenas a Albânia, Kosovo e Macedónia do Norte continuariam a fazer parte do Império Otomano.
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GUERRA DOS BALCÃS (1912-1913)
É então que acontece, já no seculo XX, a 1ª guerra do Balcãs (1912-1913) em que a Sérvia, Montenegro, Grécia e Bulgária se revoltam contra o Império Otomano, saindo vitoriosos.
Em Kotor, no Montenegro, vamos ter oportunidade de conhecer as suas muralhas defensivas.
Política e geograficamente, com esta guerra, a zona dos Balcãs ficou reconfigurada: A Albânia ganha a sua independência, o Kosovo vê-se dividido entre a Sérvia e o Montenegro e a Macedónia do Norte torna-se o ponto de discórdia entre a Sérvia e a Bulgária, dando origem á 2ª guerra dos Balcãs (1913) em que sai vencedora a Sérvia.
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Face á inegável ascensão da Sérvia como potência regional, esta começa a ser vista como um inimigo aos olhos do Império Austro-húngaro.
Estava á vista a 1ª Grande Guerra Mundial…
Ficamos assim a saber que, durante a nossa visita á Bósnia, mais precisamente á cidade de Sarajevo, poderíamos visitar o local onde o Arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do Império Austro-húngaro foi assassinado (em 28/06/1914) por uma organização que defendia a fusão da Bósnia com a Sérvia, ao contrário do que tinha ficado determinado no tratado de Berlim.
Este assassinato foi o início do conflito entre a Sérvia e o Império Austro-húngaro e no fundo “a faísca” que provocou a 1ª Guerra Mundial: Face ao apoio da Rússia aos sérvios a Alemanha acaba por declarar guerra também á Rússia. A França ao não tomar posição leva a que a Alemanha invada o Luxemburgo e a Bélgica e este último, ao pedir ajuda ao Reino Unido, acaba por introduzir este país no conflito e o Reino Unido em 04/08/1914 declara guerra á Alemanha.
Mais uma vez, o final desta guerra em 11 de novembro de 1918 com o armistício entre Alemanha e Aliados, trouxe uma nova panorâmica politico-geográfica aos Balcãs: Com a derrota da Alemanha surge o “Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos” que englobaram ainda a Bósnia, o Montenegro e o Kosovo, A Macedónia é dividida entre a Bulgária e a Grécia e a Albânia fica independente com uma monarquia.
A JUGOSLÁVIA
o “Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos”, entretanto com o seu nome alterado para “Jugoslávia” era desde 1929 governado por uma monarquia ditatorial controlada pelos sérvios. Para manter o controle da administração do reino, utilizavam a repressão para sufocar os nacionalismos de outros povos que habitavam a região, sobretudo os croatas.
Com o início da 2ª Guerra Mundial, em 1 de setembro de 1939, era uma questão de tempo até esta zona entrar no conflito e assim em 1941, uma invasão nazi ao Reino da Jugoslávia tinha como objetivo garantir o controle sobre os recursos naturais disponíveis nos Balcãs e um “trânsito seguro” para as tropas alemãs se deslocarem até á Grécia, onde ajudariam os italianos que estavam a ser derrotados pelos gregos.
Essa invasão voltou a reconfigurar totalmente a região:
A Alemanha instalou um Estado fantoche independente e por eles controlado: o Estado Independente da Croácia que contava com parte dos territórios da atual Croácia e da Bósnia-Herzegovina.
O restante foi distribuído entre os aliados alemães (Itália, Bulgária e Hungria), além de a própria Alemanha ter garantido sua fatia territorial.
Em resposta, formaram-se dois grupos para expulsar o domínio alemão: os “Chetniks”, sérvios que lutavam pela restituição da monarquia sob o controle dos sérvios levam a cabo massacres da população croata na parte leste da Croácia e da Bósnia e os “Partisans”, formados por jugoslavos em geral e que defendiam a implantação do comunismo na região.
O líder desse último movimento era Josip Broz Tito que, em outubro de 1944, entra em Belgrado com o exército vermelho e consegue a retirada dos nazis e enceta represálias brutais contra o exército croata.
Estava formada a nova Federação Jugoslava Comunista que tinha como país dominante a República da Sérvia, colocando a capital em Belgrado, e agregava a República da Croácia, a República da Eslovénia, a República da Bósnia, a República da Montenegro, a República da Macedónia e o Kosovo como uma província autónoma.
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Apesar da grande diversidade entre cada uma das repúblicas que faziam parte desse país, com a sua própria mescla de grupos étnicos e de religiões e do geral descontentamento com o desequilíbrio de poder favorável á Sérvia, enquanto o ditador Tito se manteve no poder, até 1980, ano de sua morte, a Jugoslávia manteve-se inabalável.
Mas não foi para sempre…
Com o vazio de poder deixado por Tito e o enfraquecimento do sistema comunista ao longo da década seguinte (culminando com a a queda do muro de Berlim, em 1989), fez com que os comunistas começassem a perder o controle do país e as inevitáveis tensões sociais em territórios croatas, bósnio e kosovar começaram a acontecer, reacendendo-se as velhas rivalidades entre estes povos e as minorias servias que habitavam os seus territórios.
O palco se tornou favorável para vários tipos de discursos, do nacionalismo sérvio à crença de que era chegada a hora para eslovenos, croatas, bósnios e kosovares fundarem seu próprio país.
A GUERRA DOS BALCÃS (1992/1995)
É assim que no Kosovo os movimentos contra os sérvios começam a escalar ao ponto do presidente Sérvio enviar para lá um dos seus homens de confiança, Slobodan Milosevic, que numa encenação por si montada, sai em defesa dos sérvios que garantem estar a ser injustamente atacados pela polícia quando eram precisamente eles que estavam a provocar as forças de segurança para obterem tal reação.
A frase “You will not be beatean again” proferida neste cenário por Milosevic e que foi amplamente divulgada, de forma descontextualizada, deu-lhe o protagonismo que ansiava na defesa dos interesses sérvios e daí até se tornar figura política de destaque e assumir a presidência do pais foi um ápice.
Á imagem de Tito, Slobodan Milosevic pretendia dominar todos os territórios á sua volta evitando a desagregação que parecia eminente da Federação Jugoslava. Defendia a integridade territorial da “Grande Sérvia” procurando manter e anexar os territórios em que a maioria da população tivesse etnia sérvia.
A República do Montenegro, aliado de longa data, foi desde logo dominada e manteve-se sempre ao lado da Sérvia na Guerra da Jugoslávia.
Virou-se então para a Eslovénia cujos movimentos separatistas da Federação Jugoslava eram cada vez mais intensos. Com a independência deste país eminente foi convocado um congresso para evitar a sua saída, que no entanto redundou num fracasso e a saída acabou mesmo por se concretizar com o abandono dos membros eslovenos do congresso e a autoproclamarão da independência e a saída da Federação.
A Eslovénia tornou-se, assim, o primeiro alvo de Milosevic, numa guerra que durou apenas 10 dias. Depois de algumas bombas e ameaças, a sua situação territorial, protegida pela Croácia, e o facto de não ter um número significativo de cidadãos de etnia sérvia levou a um rápido acordo entre governo esloveno e a Jugoslávia.
Era a vez de na Croácia começarem os movimentos nacionalistas contra a Federação Jugoslava (dominada pela Sérvia) mas aqui, ao contrário do que acontecia da Eslovénia havia uma significativa comunidade de etnia sérvia (cerca de 600.000 sérvios) que se opunha a tais propósitos separatistas gerando várias guerras internas, entre as duas etnias.
Assim em cidades como Knin e Vukovar a resistência fez-se ouvir e contou com o apoio de Belgrado. Considerando tal apoio uma afronta, o líder nacionalista croata, Tudjam, prepara o seu exército para retomar as cidades e declara a independência em 25/06/1991.
Um exército croata inicialmente constituído por apenas 1,5 mil homens tinha pela frente, para além das milícias rebeldes sérvias que viviam na Croácia (e eram contra a independência), o exército jugoslavo (dominado pelos sérvios) que para além da ajuda ás etnias sérvias tinha por objetivo a progressão da conquista de território croata.
O líder desse exército era o presidente sérvio, Slobodan Milosevic, que focava o seu discurso intervencionista na necessidade de evitar que as minorias sérvias tivessem seus direitos suprimidos, ao mesmo tempo em que pretendia manter controlo das repúblicas que constituíam a Jugoslávia. Em outras palavras, para salvar os sérvios que moravam em outros países, Milosevic estava disposto a tudo. Até invadir territórios e matar gente.
Aproveitando-se da fragilidade inicial das forças de defesas do presidente croata Tudman, os sérvios chegaram a ocupar um terço do território da Croácia, maioritariamente em áreas habitadas pela população de origem sérvia.
As forças leais a Tudman, no entanto, foram aos poucos ganhando envergadura: o governo croata investiu cerca de 1 bilhão de dólares para equipar seu exército e formar novos combatentes e a ajuda internacional chegou por parte da União Europeia, essencialmente por parte da Alemanha, fazendo com que o exercido croata ganhasse força e conseguisse estabilizar as suas fronteiras.
Mesmo assim não conseguiram evitar a destruição praticamente total da cidade de Dubrovnik, no litoral sul do país (dezembro de 1991) nem o cerco à Vukovar, palco de um dos piores massacres desta guerra, em que a cada três vítimas fatais, duas eram civis!
Na chamada “cidade dos heróis” centenas de croatas foram encaminhados para campos de concentração na Sérvia, mais de duas mil pessoas ficaram feridas e 20 mil desalojadas. Apenas no dia 20 de novembro de 1991, 260 pessoas foram retiradas do hospital de Vukovar e executadas pelos sérvios. Os corpos foram enterrados numa vala comum na localidade vizinha de Ocvara, local onde hoje existe um memorial ás vítimas.
Atualmente, Vukovar tem 27 mil habitantes e segue dividida! Há escolas específicas para filhos de croatas (que representam 60% população) e sérvios (35% dos moradores) e bares onde, dependendo da origem, as entradas são barradas… sinais das cicatrizes que permanecem em ambos os povos.
Seguindo os passos da Eslovênia e da Croácia, a Bósnia e Herzegovina foi a terceira república da antiga Jugoslávia a declarar independência, em fevereiro de 1992.
Mas aqui, ainda mais do que na Croácia, havia zonas de maioria étnica sérvia descontentes com o rumo do país. E, logo no dia seguinte ao reconhecimento internacional á Bósnia e Herzegovina formou-se a “República Srpska” liderada por Rodovan Karadzic, que declarou a sua independência, dentro da recém independente Bósnia!
Era o início da guerra neste país que duraria 3 anos e que se tornaria o centro da Guerra dos Balcãs (1992/1995)
Os sérvios, que defendiam a permanência da Bósnia na Jugoslávia, deram início aos confrontos na capital Sarajevo que é cercada e bombardeada.
Começou um processo de limpeza étnica liderado pelos sérvios. Valia tudo, desde massacres coletivos a violações sistemáticas de mulheres bósnias, que, pela lei vigente, tendo filhos de pais sérvios, dariam à luz a crianças “sérvias legítimas”. São criados campos de concentração pelos sérvios e simultaneamente muitas atrocidades são também cometidas sobre a população sérvia em território bósnio.
O mundo acompanhou ao vivo os principais momentos do conflito.
Especialmente, o cerco da capital Sarajevo, o mais longo da história moderna, entre abril de 1992 e fevereiro de 1996.
Sem água ou energia elétrica e aprisionados em suas próprias casas, os moradores de Sarajevo foram sendo dizimados pelas forças sérvias, que se posicionaram ao longo das montanhas que circundam a capital.
A cobertura da imprensa fez com que a ONU tivesse que agir.
Um acordo foi feito com as lideranças sérvias para que o aeroporto de Sarajevo servisse de base para a chegada de alimentos, roupas, cuidados de saúde e outros.
Com a criação da “zona livre de guerra”, representantes bósnios tiveram uma ideia: construir um túnel debaixo da pista do aeroporto – o que permitiria o ingresso de mais comida e utensílios que já não eram encontrados na cidade. O serviço foi executado por 133 pessoas, entre militares e civis, e durou quatro meses e quatro dias, entre março e junho de 1993.
Mas o cerco continuava e com ele os ataques á cidade o que fez que fosse formada uma Força de Proteção das Nações Unidas (UNPROFOR) e Sarajevo é bombardeada por forças da NATO em 1994 e só assim finalmente ocorre a retirada servia.
Para quem, como eu, viveu nos anos 90 “em direto” estes acontecimentos, mais significado tem esta visita e este reviver da história recente que trago até aqui!
Mesmo três décadas depois da Guerra, Sarajevo continua repartida e longe de ostentar o padrão de vida europeu, ou de capitais próximas, como Belgrado e Zagreb. O cerco de Sarajevo deixou cerca de 15 mil mortos (40% civis) e legou à Capital um impressionante número de cemitérios, muitos estabelecidos em espaços que antes do conflito serviam como parques abertos ao público.
Várias culturas, várias religiões, igrejas católicas e cristãs ortodoxas, sinagogas e mesquitas centenárias partilham o mesmo espaço… mas é esta diversidade que faz de Sarajevo uma cidade tão especial e única e por isso um dos locais que mais ansiávamos conhecer nesta road trip pelos Balcãs.
A guerra ainda não tinha, no entanto, chegado ao fim… em 1995 em território bósnio ocorre um dos maiores massacres coletivos europeus no pós 2ª Guerra Mundial quando os sérvios comandados por Ratko Mlandic chacinaram mais de 10.000 muçulmanos na zona de “Srebrenica”, zona esta que estava declarada como “segura” pelas forças da ONU.
A guerra estava a chegar ao fim, os sérvios estavam a ser pressionados pelos Estados Unidos e pela NATO para se retirarem das posições que ocupavam, nomeadamente do cerco que também mantinham há três anos nesta zona, mas antes quiseram deixar a sua “marca”…
O ataque á cidade, entretanto desarmada, fez com que uns fugissem para a floresta cravejada de minas e completamente controlada pelas forças militares inimigas que os recebiam com balas e dos que ficaram sobraram apenas mulheres e crianças…todos os homens foram executados sem dó ou piedade e enterrados numa enorme vala comum!
Mas não foram apenas os sérvios “os maus da fita” nesta guerra!
Pelo país as diferentes culturas e religiões aniquilavam-se entre si: além dos 44% que eram bósnios muçulmanos e dos sérvios ortodoxos, representantes da República de Srpska e apoiados pelo exército Jugoslavo de Slobodan Milosevic, que constituíam 31% da população, havia ainda 17% de croatas católicos.
E foram precisamente os conflitos com os croatas católicos que levaram á destruição daquela que é talvez, o mais difundido e, certamente, um dos mais belos pontos turísticos da Bósnia e Herzegovina: A “Ponte Velha” (Old Bridge) da cidade de Mostar.
Esta ponte, construída pelo Império Otomano no século 16, foi destruída em 1993 durante a guerra que assolou o País. Reinaugurada em 2004, continua, no entanto, a representar a “divisão” entre os dois lados da cidade, o ocidental (ocupado maioritariamente por croatas católicos) e o oriental (habitado pelos bósnios muçulmanos).
Após o fim do conflito com a Bósnia e Herzegovina, as tensões sempre patentes no território do Kosovo aumentaram de tom com os separatistas de origem albanesa a criar em 1996 um exército de libertação que tinha por objetivo a criação da “Grande Albânia”.
Claro está que os confrontos com as forças sérvias eram inevitáveis e quase um milhão de albaneses foram forçados a fugir para a Albânia e Macedónia numa das maiores “limpezas étnicas” da região.
Com todas as tentativas da comunidade internacional para que fossem assinados acordos de paz a fracassar, a NATO, pela primeira vez sem autorização do Conselho de Segurança da ONU em 24/03/1999 bombardeia o Kosovo e a Sérvia (incluindo Belgrado). 70 dias depois a Sérvia aceita o fim da guerra e a instalação de uma missão da ONU no território do Kosovo que assim se torna num protetorado da NATO e da ONU.
Apesar do Kosovo ter declarado unilateralmente a sua Independência em 17/02/2008 a verdade é que este país ainda luta por se afirmar… A Sérvia não reconhece a sua independência e apesar de ser reconhecido por 104 dos 193 estados membro da ONU e por 23 dos 28 estados membro da EU a verdade é que ainda não o é por estas organizações internacionais, isto apesar de ter conseguido a admissão como membro do Fundo Monetário Internacional e Banco mundial e ter como moeda de em circulação… o euro!
E assim a Jugoslávia deixou de existir…
Oficialmente, em 2003, deu lugar a um ‘novo país’ chamado Sérvia e Montenegro e em 2006 as duas nações também se separaram, após referendo, criando os hoje independentes países da Sérvia e de Montenegro.
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