Estacionada a mota perto na praça de Prato della Valle, fomos descobrir Pádua, a mais antiga cidade da região, neste caminho que nos levou até Veneza…
Esta grande praça elíptica, com uma ilha verde no centro (chamada de Isola Memmia) está cercada por um canal de formato oval, margeado por 2 anéis de estátuas. Há 4 caminhos que atravessam a relva (e o canal) e que se cruzam no centro. É considerada uma das maiores praças da Europa (perdendo só para a Praça Vermelha em Moscovo). À sua volta uma série de palacetes dos séculos 15 e 19, completam a bela paisagem local apesar de hoje a sua visibilidade estar “afetada” pela feira matinal aí instalada.
Mesmo assim destacou-se ao nosso olhar a Basílica de Santa Giustina.
Saindo da praça seguimos pela Via Beato Luca Belludi para chegar à próxima atração do dia e talvez a principal da cidade: a Basílica de Santo António.
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Conhecida como “IL Santo” foi erguida para abrigar os restos mortais deste, sendo hoje um dos principais lugares de peregrinação católica do mundo, principalmente no dia 13 de junho… sim estamos a falar de um dos santos mais populares e amados do catolicismo, Santo António de Pádua que era, na verdade, português.
Nascido em Lisboa, aderiu à Ordem Franciscana, inclusive pregando junto com o próprio São Francisco de Assis, seu contemporâneo e veio parar a Pádua… por cá ficou até falecer em 1231, aos 39 anos.
É o padroeiro de Lisboa, das famílias, das grávidas (e das mulheres que querem engravidar), dos animais e dos pobres. Além, é claro, da fama de santo casamenteiro…
Linda por fora e por dentro, destacamos no interior o Altar-Mor, com estátuas de bronze de Cristo Crucificado, os relevos retratando os “Milagres de Santo Antônio” de autoria de Donatello e o Túmulo de Santo Antônio (no transepto norte) onde os peregrinos costumam colocar as mãos nas laterais… Há uma energia ímpar nesse lugar, difícil de explicar talvez porque a fé não se explique… mas que é patente por quem lá passa!
Fomos ainda á Capela das Relíquias, que abriga os “tesouros” ligados ao santo, como vários objetos usados por ele nas missas e, pasmem, o queixo, a língua e as cordas vocais do santo!!!
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Reza a lenda que, quando abriram o túmulo de Santo António para transportar o corpo da antiga igreja até à Basílica, viram que apenas a língua e as cordas vocais estavam intactas, facto que interpretaram como uma prova de que a pregação do santo era obra de Deus e, por isso, tais partes do corpo tornaram-se “relíquias”. E são mesmo visíveis a “olho nú” o que é impressionante!
Seguimos depois a pé pelas vielas da cidade até o Palazzo della Ragione.
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Este edifício foi construído num terreno aberto no meio do centro histórico, onde funcionava um mercado, acabando por dividir o local em 2 praças: a Piazza delle Erbe e a Piazza della Frutta, que está atrás. Apesar da divisão, ambas mantiveram sua função de “feira livre” e até hoje há barracas por lá.
Pertinho dali, chegamos à Piazza dei Signori, uma praça retangular, cercada por belos edifícios com arcadas e novamente com uma feira instalada!
Aqui destacamos o Palazzo del Capitano com o seu enorme relógio astronômico e um leão alado (símbolo de Veneza) na fachada da torre e a Igreja de São Clemente.
Continuando o passeio, seguindo pela Via Monte di Pietà, chegamos ao Duomo de Pádua, a Catedral de Santa Maria Assunta. Um edifício “discreto” cujo autor foi ninguém menos do que Michelangelo mas que ficou inacabada até hoje e portanto sem esplendor.
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