Consideramos que um fim de semana bem aproveitado é suficiente para conhecer Milão, mas é preciso “andar da perna”! Nós aproveitamos um feriado á sexta feira para conseguir um tempo “extra”, fazendo o voo de manhã cedo, o que ainda permitiu aproveitar a tarde em Milão e regressando domingo de tarde.
Preparamos um “guia” com os pontos de maior interesse histórico ou cultural que pensamos poder ser útil para que possam fazer um roteiro em pouco tempo por esta cidade italiana!
No fim deste artigo deixamos um GUIA PRÁTICO com todas as dicas desta cidade, como chegar, onde ficar, etc!
Duomo di Milano – Catedral de Milão
Vamos começar esta lista das principais coisas para fazer em Milão com o monumento imperdível da cidade: A Catedral de Milão , “Duomo di Milano” .
O símbolo da cidade está localizado na Piazza del Duomo, o centro histórico e melhor ponto de partida para uma visita a Milão.
Esta maravilha arquitetónica é uma das maiores e mais famosas catedrais do mundo! Verdade… com os seus 157 metros de comprimento e podendo acomodar 40.000 pessoas. é a terceira maior logo depois da Catedral de São Pedro em Roma e da Catedral de Sevilha.
Sabiam que foi nesta Catedral que, no dia 26 de maio de 1805, Napoleão Bonaparte, imperador dos franceses, se tornou rei da Itália e pronunciou a frase histórica: Dio me l’ha data, guai a chi la tocca (Deus me deu a coroa, ai de quem a toque)?
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Do lado de fora, mais de 2000 estatuas em mármore branco , 135 torres e pináculos tornam todo o conjunto impressionante. É possível subir ao telhado e ver de perto as muitas estátuas, entre as quais, a “Madonnina”, a padroeira da cidade e a mais famosa das estátuas da catedral, uma figura dourada, na torre central que se eleva a 109 metros do solo.
Além de todos os detalhes das estatuas, gárgulas e maravilhosos detalhes esculpidos nas paredes , lá de cima, a vista de Milão é de tirar o fôlego!
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A subida nos telhados do Duomo de Milão é feita pela lateral esquerda externa do prédio. Há duas entradas separadas, uma para quem sobe de escada e outra para quem sobe de elevador. Como a subida de escada é toda fechada e sem vista nenhuma, só recomendamos caso pretendam poupar na entrada ou caso a fila do elevador esteja muito grande.
De ambas as formas a subida é paga e as filas para a aquisição de bilhetes na hora podem ser grandes. Como é nosso hábito (até porque vamos sempre com o “tempo contado”) fizemos a aquisição prévia do acesso por elevador.
As cinco portas de entrada têm painéis que retratam cenas da vida de Santos, Maria, a história de Milão e a história da construção da catedral.
O interior também merece uma visita, numa planta arquitetónica em forma de cruz latina, contém 5 sumptuosas naves e 52 colunas, cada uma representando uma semana do ano.
Logo perto da entrada principal uma linha no chão foi “desenhada” pelos astrónomos da Academia de Brera em 1786: meridiana do duomo de Milão
Ao contrário dos relógios solares, cujo objetivo é indicar as horas do dia, a meridiana apenas indica o instante exato em que o centro do sol cruza o meridiano superior indicando o ‘meio-dia verdadeiro’ e, de facto, é uma das mais precisas e funcionais que existe no mundo.
Em ambos os lados desta magnífica igreja há muitos vitrais que lhe dão um colorido fantástico onde se destaca a cena do Juízo Final. Estes vitrais foram retirados do Duomo para não sofrerem bombardeios durante a segunda guerra mundial e recolocados após o final do conflito!
Sarcófagos de mármore de famílias nobres milanesas enriquecem as várias capelas laterais e entre as estátuas dentro da catedral, a mais famosa é a de São Bartolomeu dissecado, que segura a própria pele como um manto.
Finalmente destacamos uma “luzinha vermelha” na parte superior do altar: é ali que está guardada a grande relíquia da igreja, um dos pregos utilizados para crucificar Jesus.
Todos os anos, no sábado que precede o dia 14 de setembro, durante a cerimônia da Nivola, o prego santo é deslocado do alto dos seus 40 metros (numa espécie de elevador em forma de nuvem) para as mãos do arcebispo da catedral. A relíquia fica exposta por 40 horas, depois retorna ao seu lugar original.
Descendo uma escada localizada junto a entrada da catedral, fomos ainda visitar os restos de época romana (sec. IV) das antigas basílicas de Santa Tecla (que era a basílica usada no verão e era onde hoje é a praça) e de Santa Maria Maggiore (usada no inverno e localizada exatamente onde hoje é presente a Duomo).
La Galleria Vittorio Emanuele II
Também na Piazza del Duomo, mesmo ao lado da Catedral, não passa desapercebida a Galleria Vittorio Emanuele II, outra atração importante em Milão.
Apelidado de “Il salotto”, é um lugar muito fotogénico e luminoso, com arcadas magníficas e uma soberba cúpula feita de vidro e ferro.
Dentro encontram-se algumas das mais famosas lojas de designers de moda, incluindo a Vuitton e a Prada, além de muitos restaurantes sofisticados.
Mas, para nós que não somos damos a essas lojas de “griffe” o que nos chamou á atenção foi uma tradição que por lá se cumpre:
No piso central da galeria existem quatro mosaicos das cidades que foram capitais do Reino da Itália: Milão (com Napoleão), Florença e Roma (com a loba a amamentar Rômulo e Remo) e Turim (com um touro).
Ora é precisamente no touro que logo no primeiro ano em que foi inaugurada a galeria (em 1867) os milaneses iniciaram um “ritual”: no dia 31 de dezembro à meia-noite em ponto, deslocavam-se à galeria e colocavam o calcanhar direito no aparelho reprodutor do touro começando a fazer um giro completo ao redor dele para ter sorte no ano seguinte.
Também era comum, no século XIX, ver mulheres a tocar nos genitais do animal com as mãos ou com os pés descalços, visto que o touro era conhecido pelos seus poderes relacionados à fertilidade feminina.
Com o passar do tempo, o touro ficou famoso! E, de tantas “rotações” existe agora um buraco em vez do aparelho reprodutor da criatura… e as crenças acerca do animal também mudaram: diz-se agora que para garantir o retorno a Milão, o turista deve colocar o calcanhar direito nos genitais do touro e fazer meio giro em volta dele e, para ter sorte, bastar fazer uma rotação de 360 graus em qualquer dia do ano!
La Scala de Milan
Saindo da Piazza del Duomo, ao longo da Galleria Vittorio Emanuele, chega-se á Piazza della Scala. Como o nome sugere, é onde está localizado o La Scala, a famosa casa de Ópera de Milão, uma das óperas mais prestigiadas da Itália.
Obras-primas da ópera italiana foram criadas aqui, como “Norma”, de Vincenzo Bellini, ou “Otello”, de Verdi. Além disso, foi aqui que Maria Callas, uma das maiores cantoras clássicas de todos os tempos, se apresentou.
A fachada exterior é bastante simples e contrasta com o suntuoso interior.
À esquerda do edifício, você pode ser visitado o Museu de La Scala e sua coleção de instrumentos musicais, trajes de ópera e documentos históricos.
Se desejarem assistir a um concerto, ópera ou balé no La Scala, podem comprar os ingressos diretamente no site oficial.
Há também visitas guiada à Ópera e ao museu, que podem ser adquiridas no local ou antecipadamente.
Pinacoteca Ambrosiana
Apesar de se situar a poucos passos da Catedral de Milão não fomos a esta galeria por falta de tempo mas deixamos aqui as informações sobre a mesma.
A Pinacoteca Ambrosiana foi fundada em 1618 pelo cardeal Federico Borromeo, que doou a sua coleção de quadros, esculturas e desenhos à Biblioteca Ambrosiana já existente em 1607 e tinha por objetivo de garantir a educação artística e cultural gratuita para qualquer um que possuísse qualidades artísticas ou intelectuais.
Atualmente, na Pinacoteca Ambrosiana encontram-se as obras proveniente das coleções de Federico Borromeo e de seus sucessores, entre elas pinturas de Leonardo da Vinci (Retrato de um Músico) e ainda o “Código Atlântico” com seus 1750 desenhos técnicos e científicos.
Também é possível admirar obras de Rafael, entre elas os desenhos do afresco “A Escola de Atenas”; de Caravaggio “Cesta de Frutas”; de Botticelli “A Virgem e o Menino Jesus com três anjos” e muitos outros.
Corso e Porta Ticinese
Outra opção, saindo da Catedral de Milão, é fazer o percurso começa na via Torino segue pela corso di Porta Ticinese e vai até a antiga porta de acesso pelo sul da cidade na praça XXIV Maggio.
A Porta Ticinese é um dos bairros mais alternativos de Milão. O comércio por ali é local com algumas opções de bares, pizzarias, confeitarias e muito grafite, além de duas importantes basílicas: a de San Lorenzo e a de Sant’Estorgio.
Em frente à basílica de San Lorenzo, está um dos monumentos mais antigos da cidade: as históricas colunas de San Lorenzo, que foram construídas entre os século II e V .
Deixamos a sugestão mas também não foi esse o nosso roteiro neste fim de semana em Milão…
Castelo Sforzesco
Saímos, sim, da Piazza del Duomo mas para seguirmos pela Via Dante que nos conduziu até ao Castelo Sforzesco, outro monumento icónico de Milão.
Este castelo, foi construído em 1358 pela famosa família Visconzi para proteger e defender a cidade contra seu inimigo, Veneza. Destruído e reconstruído várias vezes, é famoso por ter hospedado oficinas Leonardo DaVinci durante o período da Renascença.
O vasto pátio interior do castelo está aberto ao público gratuitamente mas para o resto das visitas tem que ser adquirida uma entrada.
Hoje, o castelo abriga vários museus:
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O Museu de Arte Antiga, com afrescos da família Sforza e muitas esculturas
As coleções pré-históricas do Museu Arqueológico de Milão.
Museu de Artes Decorativas, com o trabalho de lapidários, tecelões e estofadores
O Museu Egípcio com uma coleção de sarcófagos e múmias
A Pinacoteca do Castello Sforzesco, com mais de 1500 obras de arte do século XIII ao XVIII
O Museu de instrumentos musicais de todo o mundo
O mobiliário antigo e museu de escultura em madeira
Ou seja, podemos dizer que o castelo é um museu de museus!
A verdade é que entre coleções, museus, bibliotecas e arquivos, eram precisos vários dias para visitar tudo! Fomos assim percorrendo “aleatoriamente” várias salas, chamando a atenção para a escultura “Pietà Rondanini” de Michelangelo.
Parco Sempione
Logo atrás do Castelo Sforzesco, chegamos ao “pulmão verde” da cidade, o Parco Sempione, o maior parque público de Milão e um lugar perfeito para descansar um pouco.
Alguns edifícios valem um destaque:
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O Aquário Cívico de Milão e sua bela arquitetura.
A Trienal, destacando as artes e a arquitetura italiana
A Arena Civica, um estádio polivalente que data de 1807, onde acontecem eventos desportivos
O Arco della Pace, o arco triunfal de Milão, construído para celebrar a paz.
Igreja Santa Maria delle Grazie
Sem dúvida a igreja mais famosa de Milão é a Santa Maria delle Grazie por abrigar uma das mais belas obras de arte de todos os tempos, a pintura da Última Ceia ((Cenacolo Vinciano) de Leonardo da Vinci.
Leonardo da Vinci pintou a Última Ceia, entre 1495 e 1497, na parede da sala de refeições do antigo mosteiro, agora chamado “Cenáculo” em referência à obra-prima que assim pode ainda hoje ser contemplada na sua primeira localização
A “vida” desta pintura não foi, no entanto, fácil:
Ao invés de pintar sobre o reboco fresco onde a tinta na forma mais liquida penetra e seca junto com a parede, Da Vinci decidiu aplicar gesso e usar tinta óleo sobre a superfície seca. O resultado foi um verdadeiro desastre, a obra mal foi concluída e as rachaduras já eram evidentes.
Além disso, durante a guerra, as tropas de Napoleão usaram a sala como estábulo para seus cavalos e a parede para práticas de tiro!
Como se não bastasse, em 1943 o complexo de Santa Maria delle Grazie foi quase que completamente destruído pelos bombardeios da Segunda Guerra. que conseguiram arrancar o teto do quarto, deixando a pintura à intempérie durante vários anos.
A Pintura, protegida por poucos sacos de areia, ficou milagrosamente em pé emas os anos que ficou a céu aberto, exposta ao sol e chuva causaram-lhe danos irreparáveis. Assim, na sua restauração, infelizmente o centro da mesa, com os pés de Jesus, estava totalmente destruído. Daí a razão da porta em arco que foi colocada nesse local.
Depois de anos de intensa restauração, A Última Ceia de Leonardo recuperou parte do seu esplendor original e pode ser contemplada num ambiente altamente controlado de luz e temperatura, que só permite um número restrito de pessoas dentro da sala.
Embora a última ceia tenha sido um assunto constantemente abordado por diferentes artistas, Leonardo Da Vinci decidiu pintar de forma realmente original um dos momentos mais especiais da ceia, exatamente depois que Jesus anunciou que um deles era um traidor. A pintura é capaz de captar as reações de espanto e estupefação dos apóstolos.
Embora nos rascunhos de Leonardo os apóstolos aparecessem claramente identificados com seu nome, algumas das figuras são motivo de desacordo. Por exemplo, devido ao aspeto feminino da figura situada à direita de Jesus, dizem que não é o apostolo João e sim Maria Madalena.
É essa interpretação que podemos ver no filme “Código Da Vinci” de Dan Brown, protagonizado por Tom Hanks.
A forma mais económica de reservar o acesso á última ceia é comprando os bilhetes no site oficial. MAS ATENÇÃO! É preciso muita antecedência nesta reserva, que vai incluir um dia e uma hora FIXA para a entrada… os bilhetes esgotam com uma facilidade “assustadora”, dado o limitado número de pessoas que são permitidas dentro da sala.
Caso já estejam esgotados os bilhetes no site oficial há tours de vários operadores turísticos em que as entradas estão incluídas. Vamos deixar aqui várias opções:
Museo Nazionale della Scienza e della Tecnologia “Leonardo Da Vinci”
E, continuando na “onda” de Leonardo da Vinci, fomos conhecer o museu que a a cidade de Milão lhe dedicou: o Museo nazionale della Scienza e della Tecnologia Leonardo Da Vinci (Museu de Ciência e Tecnologia Leonardo Da Vinci).
Instalado num antigo mosteiro do século 16, o museu exibe mais de trinta modelos que reconstituem as invenções ousadas de Leonardo Da Vinci, desde máquinas de guerra até instrumentos de medição.
A visita aos desenhos e modelos das máquinas de Leonardo é interessantíssima mas o que mais gostamos foi o facto de, por estar extremamente focado na exploração do mundo da ciência , ser um museu interativo.
Mas há muito mais que visitar no museu…
Nele também encontramos um fragmento da Lua! Sim, um pedaço da Lua que foi recolhido em 1972 pelos astronautas da Apollo 17, a última missão humana à lua. É uma pequena pedra de valor inestimável, talvez o mais importante testemunho do desejo de exploração da humanidade e do desafio científico e tecnológico. Foi doado em 1973 pelo presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon ao Presidente da Republica Italiana, como símbolo de amizade entre as duas nações, sendo assim exposta no Museu.
E ainda sobre viagens ao espaço, o Museu abriga a reprodução em tamanho real (cerca de 30 metros de altura ) do primeiro Vega, desenvolvido pela Agência Espacial Europeia, que tem como função de transportar e liberar satélites no espaço.
Pode também ser aqui visitado um Submarino, o “Toti” que foi lançado em 1967, ou seja , trata-se do primeiro submarino construído na Itália após a Segunda Guerra Mundial teve como missão patrulhar as águas do Mediterrâneo para identificar a passagem de submarinos soviéticos.
Se isto não bastasse, o museu alberga também a primeira locomotiva italiana, um pedaço de um transatlântico, um veleiro inteiro, caças da Segunda Guerra e uma série de itens que fazem esse Museu ser super completo e interessante!
Basílica de Sant’Ambrogio
Como é muito perto do Museu de Ciência e Tecnologia, visitamos a Basílica de Sant’Ambrogio, que tem o nome do padroeiro da cidade e é uma das mais antigas igrejas da cidade uma vez que foi concluída em 1099. Destaque para as suas suas duas torres de tijolo de diferentes alturas e para o belo átrio.
Pinacoteca di Brera
A Pinacoteca di Brera tem uma das coleções de arte mais importantes da Itália e por isso consideramos que esta visita ao Palazzo Brera, construído num antigo mosteiro é imperdível .
Na época, os monges foram os primeiros a torná-lo um centro cultural com uma escola, um observatório astronômico e uma biblioteca e desde então, a coleção da Galeria de Arte continuou a crescer. Hoje, as obras são exibidas em cerca de quarenta salas, dispostas por ordem cronológica e de acordo com a técnica de arte utilizada.
Entre as obras mais famosas estão “O Casamento da Virgem”, de Rafael e “Última Ceia de Emaús”, de Caravaggio.
San Maurizio Al Monastero Maggiore
O aspeto sóbrio e simples do exterior da igreja oculta uma beleza impressionante… ao entrar e à medida que se vai avançando pela igreja vão sendo desvendados os seus “segredos”: somos surpreendidos por paredes cobertas por belos frescos do século XVI, perfeitamente conservados! Não, não são assinados por pintores famosos como Michelangelo mas a sua beleza faz jus ao título de “Capela Sistina de Milão”.
A Igreja está dividida em duas zonas: uma sala pequena destinada aos fiéis e emoldurada por 8 capelas laterais e uma sala grande, que pertencia ao claustro onde só as freiras tinham acesso.
San Lorenzo Maggiore
Dedicada ao mártir cristão São Lorenzo, essa igreja é a mais antiga de Milão!
Na sua frente chamam à atenção as Colunas de São Lorenzo, 16 colunas que pertenceram à cidade romana Mediolanum durante o século III. E, claro, também não passa desapercebida uma cópia de uma estátua de Constantino, primeiro imperador romano que pertenceu ao cristianismo
No interior, podemos visitar a Capela de São Aquilino decorada com mármore e mosaicos bizantinos pertencentes ao século IV e daí descer a uma espécie de cripta onde se podem ver alguns dos materiais originais com os quais a igreja foi construída, que foram extraídos de um anfiteatro romano.
Piazza Affari
Se você tiverem tempo durante a sua estadia em Milão, há um monumento único que pode ser admirado nesta cidade…
Localizado em frente à sede da Bolsa de Valores de Milão, na Piazza Affari, encontra-se uma estátua de mármore com 11 metros de altura que representa um dedo médio gigante!
Batizada de LOVE (Libertà, Odio, Vingança, Eternidade ou Liberdade, Ódio, Vingança, Eternidade em português), a estátua foi criada pelo escultor italiano Maurizio Cattelan para insultar a instituição financeira. Apesar de criticado e com ameaças de remoção a verdade é que, por enquanto, ainda por lá se encontra!
GUIA PRÁTICO
Como Milão é uma das principais portas de entrada da Itália, existem várias opções de aeroportos disponíveis para quem chega com voos nacionais ou internacionais. Além do aeroporto internacional de Milão chamado Malpensa, a cidade conta ainda com dois outros aeroportos: Linate e Orio al Serio (conhecido também como o aeroporto de Bergamo)
O Aeroporto Internacional de Malpensa é o maior e o principal aeroporto de Milão.
Aqui há dois terminais: O Terminal 1 é o principal e comporta praticamente tudo! Tem todas as companhias aéreas internacionais, lojas, duty free, estação de comboio subterrânea, empresas de aluguer de carro, restaurantes… Já o Terminal 2 é bem mais pequeno é praticamente de uso exclusivo das companhias aéreas low cost. Tem menos opções de restaurantes e lojas mas também tem uma estação de comboio e algumas paragens de camionetas.
Linate é o aeroporto que fica mais próximo do centro de Milão, a apenas 8km da estação Milano Centrale mas a oferta de voos é um muito menor do que os restantes por ser um aeroporto de menor porte, sendo usado principalmente para voos curtos e próximos. Companhias aéreas como a KLM, Alitalia e Easyjet operam no Linate.
O Aeroporto de Linate tem apenas um único terminal. Nele estão localizadas as lojas das companhias aéreas, restaurantes, lojas e duty free.
O Aeroporto de Bergamo é o aeroporto mais afastado do centro de Milão – fica a quase 50km da estação Milano Centrale. Ma, na verdade, o tempo até ao centro de Milão é praticamente igual ao do Aeroporto de Malpensa.
É um aeroporto pequeno, mas tem crescido nos últimos anos principalmente devido ao uso de empresas aéreas low-cost como a Ryanair. Tem apenas um terminal que conta com alguns restaurantes e lojas.
Fazemos sempre a pesquisa dos voos no Skyscanner pois assim ficamos com uma visão global dos preços praticados pelas diversas companhias aéreas e dos horários disponíveis. Tem sido um motor de busca essencial! É só escolher a opção que mais nos convém e somos redirecionados para as várias hipóteses de reserva… DICA: APÓS FEITA A ESCOLHA ir ao site da PRÓPRIA COMPANHIA AÉREA… mesmo que o skyscnaner mostre opções mais baratas… é, de certeza, a mais segura a reserva na própria companhia e mais fácil a comunicação direta quando surgem contratempos!
Se viajarem pela TAP, Vueling e Ibéria podem usar os nossos links! Como são nossos afiliados temos muitas vezes promoções!
Aeroporto de Malpensa /estação “Milano Centrale”:
Shuttle: existem várias empresas de camionetas com horários ao longo do dia inteiro que fazem o transporte do centro de Milão ao Aeroporto de Malpensa. A Malpensa Shuttle, é uma boa opção – PREÇOS; 10€ (só ida) ou 16€ (ida e volta). Vale a pena comprar online com antecedência pois muitas vezes têm descontos. Programa pelo menos 1h para este trajeto de Milão ao aeroporto.
Comboio: Malpensa Express – PREÇO: 13€ por viagem. Chegada á estação “Milano Centrale” com partidas do Terminal 1 ou do Terminal 2 – saem a cada 20 ou 30 minutos e o trajeto leva cerca de 50 minutos A passagem pode ser comprada na hora no guichê ou numa máquina automática
Taxi: para quem preferir, existem também a opção de taxi para ir do centro de Milão até o Aeroporto de Malpensa e vice-versa. Este trajeto vai levar no mínimo 45 min e custa a partir de 85€. Recomenda-se negociar a tarifa antes de entrar no veículo para evitar surpresas desagradáveis.
Aeroporto de Linate/estação “Milano Centrale”:
Shuttle: a viagem leva 30 minutos e custa 5€ por viagem – empresas: Linate Shuttle e a Autostradale.
Autocarro urbano: são duas as opções de linhas que conectam o Aeroporto de Linate ao centro de Milão. A linha 73 vai do Linate à estação de metrô de San Babila (passando também pela Centrale) e a linha LIN vai do Linate à estação de Porta Vittoria. Ambas operam todos os dias com frequência de 5 ou 10 minutos. Esse é o jeito mais econômico de ir ao aeroporto – o custo de uma passagem simples é de 1,50€.
Táxi: o trajeto do Aeroporto de Linate ao centro de Milão dura cerca de 20-30min e o preço fica a partir de 30-40€.
Aeroporto de Bergamo/estação “Milano Centrale”:
Shuttle: o trajeto leva 1h e custa 8€ por viagem. As duas principais empresas que realizam esse serviço são a Terravision e a Orio Shuttle. Comprando online com antecedência, é possível conseguir descontos.
Comboio: o aeroporto de Bergamo não tem uma estação de comboio integrada, mas a cidade de Bergamo tem a sua própria estação e um taxi do Aeroporto de Bergamo à estação mais próxima custa entre 10 e 20€ e, de lá, são 50min de trem até a estação Milano Centrale..
Táxi: o trajeto de carro leva cerca de 50 minutos e o preço da corrida fica superior a 100€.
Há sempre a possibilidade de contratar um shuttle privado que assegura o transporte de qualquer um dos aeroporto ao hotel. Para quem procura mais conforto no transporte do aeroporto para o centro, o shuttle pode ser uma excelente alternativa. Façam aqui as vossas pesquisas:
No caso de quererem maior liberdade de movimentos, nomeadamente visitas a outros locais próximos de Milão , de que é excelente exemplo uma visita aos Lagos… um aluguer de carro é a solução!
Nós aconselhamos a busca através da RENTCARS ou da RENTALCARS que automaticamente selecionam entre as rent-a-car os melhores preços no destino
O lugar ideal para se hospedar em Milão é o Centro Histórico. Grande parte dos locais para se visitar na cidade estão aqui, o que facilita as deslocações e poupa muito tempo! Os hotéis próximo à Piazza Duomo costumam ser os mais caros da região, justamente por se tratar da melhor opção.
Vamos deixar aqui a nossa escolha que pensamos ter uma excelente relação qualidade / preço / localização pois fica a 2 minutos a pé do Duomo!
Mas dada a variedade de alojamentos que podem ser encontrados, nada como fazerem um busca das várias opções disponíveis…
A nossa escolha número 1 é utilizar o Booking.com.
Temos reservado através desta plataforma por todo o mundo e não podemos estar mais satisfeitos. NUNCA tivemos qualquer tipo de problema. Por isso, independentemente do tipo de alojamento que escolherem para a vossa estadia recomendamos que reservem aqui sem receios. Booking.com
Se tivéssemos que escolher uma época do ano para conhecer Milão, sem dúvidas, marcaríamos a viagem para a primavera. Essa estação do ano, que vai de março até meados de junho, é tida como “média temporada”, o que quer dizer que a quantidade de turistas na cidade é bem mais agradável, bem como os preços de passagens aéreas e hospedagem.
Em junho, julho e agosto, que é época de férias e alta temporada, são os meses mais quentes do ano em Milão. A temperatura máxima neste período atinge a faixa dos 29°C e mínima de 17°C. Como a maioria dos passeios em Milão são a céu aberto pode ser desagradável andar debaixo do sol.
Nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, Milão tem seus meses de inverno mais frios do ano e a temperatura varia de -3°C a 8°C. São comuns geadas e nevoeiros e aconselham-se roupas de frio, inclusive gorros e luvas. O inverno de Milão é um dos mais gelados da Itália.
Todos os textos são da autoria de Olga Samões e todas as fotografias deste blog são da autoria de José Carlos Lacerda, exceto onde devidamente identificado. Proibida a reprodução de quaisquer textos e/ou imagens sem autorização prévia dos autores
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