O reencontro com a Route 66 fez-se via Death Valley...Este vale em que, como o nome indica, nada sobrevive tem, no entanto, locais fantásticos sendo o seu ponto alto a planície denominada "badwater", a 85,5 metros abaixo do nível do mar. Aqui um dramático leito de sal pinta de branco mais uma paisagem grandiosa, como os “states” já nos vêm habituando! Nesta etapa entramos na Califórnia, o décimo e último estado que percorremos... e nessa altura já contávamos com mais que 5000 km!
O nome parece assustador e, de facto, Death Valley, o Vale da Morte, localizado no deserto de Mojave, estende-se por cerca de 225 km é o local mais seco, quente e árido dos Estados Unidos. Aliás foi nesta zona que em 1913 houve o registo de uma temperatura mais alta: 56,7ºC em Furnace Creek Ranch. Só isso justificaria tão duro nome mas conta a historia que o mesmo se deve ao facto de que quando chegaram à região os primeiros exploradores das suas riquezas naturais, em 1849, época que ficou conhecida como a “Grande Corrida do Ouro”, o esforço para atravessar o Vale até chegar às minas de ouro era tão grande que muitos acabaram por morrer no trajeto. Foi assim que o local acabou por ficar conhecido por Death Valley devido às suas características áridas e de difícil acesso juntamente com as elevadas temperaturas com que “presenteava” os seus visitantes.
No entanto, apesar da sua escaldante temperatura nos seus áridos vales a zona conta também com enormes picos nevados, canyons de pedras multicolores, dunas enormes, bacias de sal de perder de vista, criando assim paisagens únicas…
Atravessamos o Parque percorrendo uma estrada que o corta no sentido norte /sul. Apesar de existirem locais assinalados em que nos é possível aventurar nas areias do deserto em longas caminhadas a verdade é que não vínhamos com tempo nem com o material adequado e por isso cingimo-nos ao possível efetuar de carro.
A primeira paragem foi o miradouro do “Zabriskie Point” que proporcionou uma vista magnifica das “Badlands”, cordilheiras e ondulações formadas a partir da erosão. À medida que descíamos íamos ficado rodeados de dessas formações que tínhamos observado, sendo engolidos pelo solido árido do vale…
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A primeira vez que abandonamos a estrada principal foi para fazer um breve percurso, com cerca de 15 Km, num único sentido… uma estradinha, com uma silhueta incrível, cheia de curvas voluptuosas passando entre as montanhas vulcânicas e sedimentares multi-coloridas, que em muitos trechos, passa, literalmente, no meio das encostas e o carro parece nem passar pelas apertadas rochas até chegar ao ponto conhecido por “Artist’s Palette” (paleta de artista) porque das montanhas que o rodeiam emana um colorido sem igual que vai dos berrantes amarelos, laranjas e vermelhos aos incríveis verdes, violetas e azuis, cores estas provenientes dos minerais oriundos das antigas formações vulcânicas. Um local fotogénico que faz bem valer a pena o “desvio”.
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