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Nova York, a capital do Mundo!

Foto do escritor: aroundtheworldtravelaroundtheworldtravel

Não é a capital dos EUA mas, para nós, é a capital do MUNDO! Neste artigo fazemos a crónica da nossa semana em NOVA YORK!

Foi preciso “coragem” para fazer a crónica desta viagem… porquê?

Foi “só” a mais inexplicável, avassaladora, a mais planeada, foi a primeira grande viagem a dois! Por isso, para além da responsabilidade de passar tudo para o papel há desde logo a dúvida de se não será maçadora a sua leitura, com toda a certeza extensa e que eventualmente só fará sentido para nós que a vivemos na primeira pessoa.

Começando pelo início, que é mesmo o início deste nosso trajeto pedimos desde já desculpa por este artigo não ser propriamente um roteiro, nem apenas uma crónica de viagem, mas mais uma história das nossas vidas!

Conhecemo-nos em 2014 andava eu (Olga) a treinar para fazer a minha primeira maratona, a do Porto (não, não me enganei, era mesmo aquela corrida dos 42,195km!). O Zé Carlos, que se tinha iniciado há pouco tempo nas corridas simpaticamente se voluntariou para me acompanhar nos treinos o que eu, de bom grado, aceitei! Estávamos em outubro.

Feita a corrida em 01/11, continuamos a encontrar-nos a pretexto de mais umas corridas… o Zé Carlos também queria fazer uma maratona e era a minha vez de o ajudar! E, naturalmente surgiu a ideia de Nova York…

Como não?

É “só” uma das mais famosa do mundo (uma das “Major”, aliás), numa cidade imensa que possui inesgotáveis atrações, quase infinitas, para todos os gostos. A ideia foi crescendo e a nossa proximidade também…

Consegue-se “assim” ir participar na maratona de Nova York?

Claro que não! Há um sorteio entre milhares de pessoas que há anos tentam, sem sucesso!!!!!

Mas para nós, naquela altura a resposta era outra: “óbvio que sim… até porque lemos na net que para o próximo ano haveriam mais vagas disponíveis”! Que crentes!!!

A verdade é que, ainda sem ter passado dois meses desde que nos tínhamos conhecido, já estávamos a planear uma viagem a dois para dali a um ano… o que há distância hoje de seis anos só tenho a dizer: ou tínhamos uma grande intuição quanto à nossa recente relação, ou muita fé que a nossa maturidade nos permitisse que mesmo que a relação não resultasse sempre iriamos, com bons amigos, até aos Estados Unidos, partilhar uma casa e correr uma maratona ou estávamos mesmo loucos!

Certo é que nos inscrevemos no sorteio para a maratona, compramos a viagem de avião em 03/01/2015 mesmo antes de saber o resultado desse sorteio (haja pensamento positivo!) e reservamos (sem cancelamento gratuito) uma casa no Airbnb!


Resultado: não fomos selecionados para participar na maratona (claro!) mas passamos a semana mais incrível em Nova York!

Antes disso, fomos “fortalecendo laços” em várias viagens no ano de 2015… começamos por perto: Barcelona, Sevilha, Serra Nevada, Madrid, Tordesilhas, Salamanca

Ah! Há que referir que o Zé Carlos tinha “um problema” com andar de avião! Tinha…pois após termos, nestes seis anos, percorrido juntos mais de 40 países não há “fobia” que aguente!

Por isso, enquanto ele se ía “preparando psicologicamente” para enfrentar um voo transatlântico, eu tive tempo de preparar ao pormenor, ao ínfimo detalhe, todos os nossos dias!

Que eu (nós) adoro (adoramos) viajar, já não é novidade…

Mas agora acrescento EU… há algo de que gosto tanto quanto a viagem em si… o seu planeamento!

A pesquisa dos locais de interesse… o que ver, o que visitar, o melhor percurso… o que se fará neste ou naquele dia, quais os pontos de paragens “obrigatória”, que desvios acarretam, quanto tempo iremos precisar para o percorrer, os hotéis onde pernoitar… onde comer, o que comer…quais as recordações típicas para trazer, quais as atividades que não se podem perder.

Enfim, preparar tudo para uma viagem perfeita!!! Mesmo tendo a consciência de que nunca o são, mas de que também isso é que as tornam verdadeiras e inesquecíveis… e isso, não é ser perfeito?????

No fundo é viver a viagem antes dela acontecer, é antecipar todas as sensações que se poderão vir a ter e assim “estender” os poucos dias em que ela decorre transformando-os, por vezes, em vários meses, como foi neste caso!

É já conhecer “de cor” todos os nomes de todos os sítios que por lá vamos encontrar!

E, ao contrário do que se possa pensar, toda esta azafama anterior e todo o estado de ansiedade que gera a realização de todos estes planos, nunca sai furado… a realidade consegue sempre superar tudo, e lá, “in loco”, aquilo que temos de mais precioso que são os nossos sentidos dão-nos aquilo que imagem nenhuma de televisão ou computador ou que qualquer descrição lida em qualquer guia ou blogue nos pode dar…

Além de que, há sempre o inesperado… que torna única cada viagem!

E, sem perder “pitada” do que se planeou, no fim, é gratificante a sensação de se poder dizer que mais um destino ficou “visto” e, portanto, se pode começar a pensar no próximo. Afinal, há tanto mundo para conhecer…

E depois… nada melhor do que escrever sobre elas! E é esse o objetivo deste artigo e em geral no nosso site de viagens!

Poderia pensar-se que tais relatos teriam como objetivo partilhar as experiências vividas dando-as a conhecer a quem não teve a mesma sorte que nós em as fazer …também o é, obviamente, mas mais do que partilha, escrever sobre as viagens é um ato de puro egoísmo.

É poder reviver tudo de novo…

É novamente “estender” a viagem, voltar lá…e desafiar-me a passar para o “papel” todas as sensações vividas.

E, neste planeamento em concreto tive um “amigo” especial! O New York Pass que atualmente chama-se SIGHTSEEING PASS!

São mais de 100 entrada incluídas, a maioria com “fast pass”, várias city tours, um guia prático com todos os horários e informações de reserva quando aplicável e uma aplicação em que pode programar tudo e no final até dá o valor poupado (“não gasto”)… é assustador se bem aproveitado (como nós fizemos)!

Tenho pena de não ter já a aplicação com o nosso resultado final mas à medida que for descrevendo o nosso percurso pela cidade vou referir as entrada incluídas e o custo (atual) da entrada. No fim a comparação com o preço (atual) do passe para 7 dias (que foi o que na altura compramos) que é de 269 USD, cerca de 240 euros…parece muito? Vão ver no final as contas… lembro-me que em 2015 os valores foram mais baixos, apanhamos uma promoção especial o que ainda fez que fosse mais notória a diferença!

A CHEGADA / DIA 0

Foi um voo “sossegado”, feito via Madrid pela Ibéria com um bom sistema de entretenimento individual, que à data de hoje já é usual nestas distâncias.

Tínhamos tratado prévia e atempadamente dos passaportes e do ESTA, o visto eletrónico obrigatório para quem viaja para os Estados Unidos da América.

Pela plataforma Airbnb foi feita a reserva de um apartamento tipo estúdio, muito próximo a Times Square.

Num terceiro andar sem elevador da West 50th Street, escadas em madeira, aspeto antigo e com a recomendação de que deveríamos andar SEMPRE descalços em casa pois o vizinho de baixo era problemático… começamos por lá chegar atrasados e quase que perdíamos a hipótese de entrar nesse dia!

O voo chegou um pouco depois da hora, as malas demoraram a vir, o procedimento de entrada nos Estados Unidos também não é o mais célere… Rápido desistimos da ideia de seguir do JFK até ao centro de transportes públicos e decidimos chamar um Uber para ganhar tempo. E sendo a nossa primeira interação com esta plataforma até que nem correu mal: aproveitando o WiFi do aeroporto fizemos o pedido, mas depois sem internet no ponto de recolha tivemos que recorrer ao telefone e ao velho sistema de roaming (que por aqui se paga bem pago!) para encontrar o nosso motorista e depois para alertar o nosso anfitrião da demora… Sempre simpático e disponível o Robert avisou o currier que tinha a chaves do nosso atraso e uma vez vencido o tráfego do centro de Nova York, CHAGÁMOS!

Apesar de contarmos chegar mais cedo, sabíamos à partida que esse dia seria apenas para nos abastecermos de algumas compras para os pequenos almoços, sandes para os almoços e alguns mantimentos para os jantares. Mal sabíamos nós que seriam mais ceias e quase inexistentes, de tal forma tarde que sempre chegávamos à noite ao apartamento.

Os “supermercados” não abundam e não corresponderam exatamente ao que estamos habituados, mais lojas de conveniência, com produtos que nos eram pouco familiares, mas lá nos fomos desenrascando…

E uma vez que estávamos perto… TIMES SQUARE chamava por nós!


Sem primar pela originalidade acabamos por jantamos por ali no McDonalds e depois deixamo-nos apenas deslumbrar pelas luzes, pela grandiosidade, pelo movimento, pela “vibe” da cidade que nunca dorme.

Pode parecer “cliché”, mas não há melhor lugar para iniciar esta viagem! Um lugar que já “conhecemos” tão bem, mas que ainda assim nos deixa “de boca aberta” de modo a que é quase preciso “um beliscão” para nos acordar de um sonho…


Sim, era verdade, estávamos em Nova York!

1º DIA

Antes de começar o “roteiro”, algumas informações:

  1. NÃO tínhamos internet… “andávamos à cuca” aqui e ali para apanhar redes abertas de WiFi.

  2. Tínhamos feito um plano, dia a dia, que incluía horários, a maioria “rígidos”: feito de acordo com os dias e horas de abertura das várias atrações, tours previamente agendadas (todas gratuitas com o NY Pass mas que se não aparecêssemos eram pagas) e com o tempo “previsível” a passar em cada local – o plano estava estudado para abranger partes especificas da cidade para que não andássemos “para trás e para a frente”, mas tudo feito por mim!

  3. TODOS os dias estavam completamente preenchidos! Uma falha e…não havia retorno!

  4. Com a ajuda do Google Maps (não tem tempo real!) levávamos previamente impressas todas as rotas do “ponto A” ao “ponto B” e daí para o “ponto C” – se falhasse alguma coisa… tínhamos um problema! Era melhor seguir exatamente o traçado pois improvisar em NY sem internet não é fácil, embora nos tenhamos vistos obrigados a fazê-lo aqui e ali, felizmente já “para o fim” da estadia em que já estávamos mais orientados na cidade.

Empire State Building

Assim munidos dos papeis na mochila, passe de metro para 1 semana, NY Pass no bolso e muita vontade, ligeiramente atrasados no horário de saída do apartamento “marcado” para as 7:15, o que tinha “obrigado” ao despertador para as 6 da manhã (!), dirigimo-nos para a nossa primeira viagem de metro até ao EMPIRE STATE BUILDING!


Este edifício é talvez o maior marco de Nova York e embora já não seja o edifício mais alto do mundo (tendo-o sido entre 1931 e 1972), os seus 381 metros acima do nível do solo, com um pináculo adicional de 62 metros, ainda impressionam!

Inaugurado em 1931, localizado na famosa 5th Ave. chegou a ser apelidado de 8ª Maravilha do Mundo e foi cenários de inúmeros filmes, incluindo King Kong, Homem-Aranha, Independence Day, entre outros.

Apesar de ser um edifício de escritórios, é possível visitar os decks de observação nos pisos 86 e 102 para uma deslumbrante vista de 360 graus da cidade. No NY Pass a subida ao 86 piso está incluída assim como, no 2º andar, o NY Sky Ride, uma simulação cinematográfica de um voo sobre a cidade com efeitos especiais. Sem o NY Pass o custo é de $42,00.


Todos os visitantes devem passar pela bilheteria, mesmo que já tenham adquirido o ingresso pela internet. Quem compra o NY Pass tem um guichê exclusivo, outra grande vantagem deste cartão que nos fez poupar imenso tempo em filas! Chegámos ás 8:00 da manhã e já havia bastante gente na fila…

Sendo o edifício localizado bem no coração de Manhattan, o deck que visitamos, a céu aberto, mas com grandes de proteção nas laterais e binóculos com zoom poderosos para quem queira entrar em detalhes, proporcionou-nos uma vista sensacional quer da “selva de pedra” que o rodeia quer da contrastante mancha verde do Central Park. Uma imagem que iremos guardar para sempre nas nossas memórias.

O top deck do 102º andar é um observatório secundário, coberto e todo rodeado por vidros, fazendo com que as fotos lá de cima não fiquem muito bem! Além disso, o ingresso que dá acesso aos elevadores para o 102º andar é mais caro e não está incluído no NY Pass. Fica a dica!

Grand Central Terminal

Seguimos caminho até à GRAND CENTRAL TERMINAL, o que levou cerca de 10 minutos e foi feito a caminhar pela cidade.


Simplesmente andar pelas ruas de Nova York foi sempre para nós uma “atração” … os táxis amarelos, os carrinhos de donuts e de cachorros quentes, os respiros do metro trazendo à superfície nuvens de vapor, as escadas de incêndio nas vielas laterais…. parecia tudo saído de um filme! “Chegava-nos” isto para nos apaixonarmos pela cidade!

Apelidada como “a porta para a nação” esta mítica estação central que outrora ligava Nova York aos mais distantes pontos dos Estados Unidos, atualmente já não tem esta função. No entanto, o “Main Concourse” é ainda a maior sala do mundo com um altíssimo teto abobadado decorado com as constelações do zodíaco.

Mais uma vez sentimos como se já lá tivéssemos estado, só que não!

Desde a fachada principal com colunas da 42th St., passando pelo relógio com quatro faces sobre o balcão das informações no átrio central até à grande escadaria de degraus em mármore, tudo nos transportava para cenas de filmes já vistos… e nós estávamos lá! E acrescento: ainda hoje nos faz “arrepiar” quando imediatamente a detetamos numa rápida passagem na televisão ou no cinema…nós estivemos lá!

Ainda procuramos a “Galeria dos murmúrios – Whispering Gallery” onde se diz que em cantos opostos da sala, colocando-se cada pessoa de frente para a parede poderá fazer com que a sua voz viaje ao longo da curvatura da cúpula abobadada fazendo com que o mais suave murmúrio soe, do outro lado, como se estivesse afastado poucos centímetros. Não encontramos tal local e na altura também duvidamos da veracidade deste fenómeno no meio de tamanha confusão! A verdade é que, embora num outro local – BOLONHA – podemos confirmar que tal acontece mesmo e portanto, porque não ali também seja mais que um mito?

Encontramos, sim, um outro “segredo” deste edifício.

No átrio principal, por cima da figura do zodíaco de caranguejo, procuramos um retângulo escuro! Esta mancha, que não é maior que um livro de tamanho A5, foi lá deixada durante a limpeza efetuada na década de 90, propositadamente, para mostrar como o teto pode ficar se não for efetuada a devida manutenção.

Chrysler Building

Abandonamos, por fim, este edifício cheio de histórias que para sempre farão parte de Nova York para nos dirigirmos a outro local lendário… o CHRYSLER BUILDING.

Descemos a 42th Street até ao 405 da Lexington Av. e em menos de cinco minutos estávamos em mais um edifício que dispensa apresentações!

Reflexo do ramo industrial automóvel, com o seu exterior revestido em larga escala de aço inoxidável, nesta obra do arquiteto William Van Alen destacam-se os tampões de rodas na decoração, colocados do avesso, que fez com que o topo da torre em espiral se parecesse com a grelha de um radiador de um carro!

Outro detalhe são as gárgulas em aço inoxidável que “saem” do edifício e que foram inspiradas no capot no “Chrysler Plymouth” de 1929.

Esta original torre no topo foi mantida em segredo até ao último momento, sendo içada até à sua posição após construída.

Daily News


Uma vez que estávamos perto, fomos também até ao edifício DAILY NEWS, que foi sede do jornal New York Daily News até 1995 e em cujo lobby está o maior globo terrestre do mundo. Sede do fictício jornal “Daily Planet” onde o Super-Homem trabalhava como jornalista Clark Kent, foi este edifício que em 1978 foi usado para filmar cenas interiores e exteriores do filme.

Madison Square Garden

De regresso ao metro, que também vale por si só a experiência, tínhamos ainda como destino da manhã conhecer o MADISON SQUARE GARDEN, onde estava incluída a entrada e tour pelo NY Pass. Preço de acesso: $35,00


Localizado na 7th Ave. a sua arena é o lar da equipa de basquetebol dos New York Knicks e da equipa de hóquei dos New York Rangers e à nossa passagem estava a ser preparada para um concerto.

Na verdade, acolhe uma grande variedade de eventos, desde concertos de rock e vários eventos desportivos, como disto é exemplo o primeiro combate de Muhammad Ali contra Joe Frazier e a última atuação de John Lennon antes de ser assassinado! Atuar ou tocar no “Garden” é considerado um dos pináculos da carreira de um artista tendo por lá passado nomes como Michael Jackson, Katy Perry, Bob Marley e Queen.

Na tour, que começa no “Chase Square” no piso térreo tivemos oportunidade de conhecer a sua história, com um guia bem humorado que nos pôs a par de todas as reformas por que já passou o edifício desde que foi inaugurado em 1879.

A visita continua no 6º andar, pelos corredores do Madison Square Garden, todo decorado com fotos dos eventos importantes que aconteceram no local e que são tantos que é mais que justo que seja chamado de “arena mais famosa dos EUA”!

Subindo mais um andar tivemos oportunidade de nos sentarmos nas bancadas e nos camarotes, famosos por receber personalidades importantes, enquanto o guia ia explicando detalhes do recinto como o teto que foi criado num metal especial de forma a que o seu isolamento possa proporcionar uma acústica de qualidade superior para a musica ao vivo e curiosidades como a troca de hóquei no gelo para basquetebol no mesmo dia ou mesmo a construção de cabos que se conectam ao anel central, em vez de vigas de suporte, para assim fornecer aos convidados uma visão sem obstruções de qualquer lugar da arena.

Um dos lugares mais aguardados para os fans destes desportos é a visita ao vestiário dos jogadores dos Knicks e dos Rangers, situado no 5º piso.

A curiosidade é que o vestiário tem formato circular, a solicitação especial do eterno capitão dos Rangers, Mark Messier, para que todos os jogadores pudessem ter contato visual e que assim permanece até hoje.

E finalmente esta tour inclui a possibilidade de poder pisar o recinto onde tanta história já se fez! No entanto, na nossa visita, estava a ser montado um palco o que lhe retirou um pouco da sua “magia”.

Tem uma duração aproximada de 75 minutos, que demos por muito bem empregues!

Estava na hora de almoçar e o regresso à rua trouxemos uma incomoda surpresa… chovia, e bastante! O que fez com que alterássemos ligeiramente o plano de comer as sandes que tínhamos trazido connosco algures pela cidade, a caminho do primeiro destino da tarde, e em vez disso regressássemos ao apartamento para ir buscar um guarda chuva e aproveitar para fazer a refeição abrigados.


O timing da parte de tarde era algo “apertado”: tínhamos programada a visita ao Intrepid Sea & Space Museum situado nas margens do rio Hudson de onde teríamos que sair a tempo de apanhar o metro rumo a Harlem e encontrar o “meeting point” da tour pré reservada e incluída o NY Pass “Hallelujah! Gospel Wednesdays Neighborhood Walking Tour”, que começava ás 17:30.

Pelo estudo do Google Maps rondaria os 35 minutos só o percurso até ao local de encontro e ainda teríamos que contar com o intervalo de tempo entre metros disponíveis naquela direção, encontrar o local, para nós desconhecido, e chegar com alguma antecedência…ou seja, sair 1 hora antes do museu para não correr riscos!

Intrepid Sea & Space Museum

Assim e sem tempo a perder enfrentamos a chuva até ao INTREPID SEA & SPACE MUSEUM, visita incluído no NY Pass e que para quem queira visitar sem o cartão tem o custo de $33,00


Existe ainda a possibilidade de adquirir a entrada em simuladores (por $9,00 cada ou o combinado dos 3 disponíveis por $24,00) não incluídos no NY Pass. Há o filme 4D “Stories of Intrepid” onde se conhece as histórias dos pilotos, o simulador de voo com movimento “G-Force Encounter” em que se poderá pilotar o próprio avião e o “Transporter FX” para uma experiência de voo com efeitos especiais.

Deixamos para lá tomarmos a decisão de qual (quais) escolher, mas acabamos por não ir a nenhum por falta de tempo.

E tanto há que ver e fazer neste museu, único no mundo, que reúne num só espaço um lendário porta-aviões, o USS Intrepid, uma nave espacial, o avião mais rápido do mundo e um submarino da Guerra Fria!

Localizado no cais 86, o porta-aviões Intrepid cede seu nome ao museu e nele ganha o merecido destaque! O barco teve uma longa vida útil, tendo participado nas duas grandes guerras, no programa espacial americano e nos trabalhos de resgate dos atentados de 11 de setembro.

No “flight deck” mais de uma dezena de aviões e helicópteros de diferentes épocas desfilaram aos nossos olhos… só tínhamos um problema! A chuva! Não é que tínhamos escolhido o único museu ao ar livre da nossa estadia precisamente no único dia em que choveu? Acabamos por nem os apreciar devidamente.

Uma foto rápida junto ao Concorde British Airways, único avião comercial capaz de romper a barreira do som e cruzar o Atlântico em duas horas e cinquenta e dois minutos, e tivemos que nos ir abrigar!

Aproveitamos então para percorrer os vários decks fechados desde a ponte de comando até os dormitórios e descemos ao hangar onde está o museu propriamente dito, com vários objetos originais, maquetes e material multimídia referente ao barco e à sua história.

Seguimos depois para o Submarino Growler, construído em 1958 e aposentado em 1964 por ficar obsoleto, onde é possível percorrer todas as salas, incluindo a sala de torpedos e mísseis! Vamos avisando, desde já, que não serve para pessoas claustrofóbicas… ficamos “escandalizados” com as condições de vida a bordo.

Mas este museu ainda tem mais para oferecer… depois do ar e do mar, fomos visitar a área destinada ao espaço!

De forma interativa e educativa entramos no “mundo das estrelas” onde até uma nave espacial, a Entrepise, espera por nós ao visitarmos o Space Shuttle Pavilion. E por aqui nos fomos perdendo até termos atingido a “red line” do nosso horário… era hora de rumar a Harlem!

Harlem – Gospel

A chuva acompanhou-nos até à estação de metro e recebeu-nos ainda com mais intensidade quando saímos no bairro de Nova York conhecido pelos seus clubes de jazz íntimos e pela herança afro-americana!

Estávamos nitidamente noutra “dimensão” … as casas eram diferentes, as pessoas eram diferentes daquelas do centro de Manhattan.

As condições climatéricas estragaram a prometida caminhada pelas suas ruas na companhia de um guia local que nos desvendaria os seus segredos e acabamos por nos dirigir logo para a igreja onde iriamos assistir a um concerto de Gospel.


Como chegamos antes da hora permitiram-nos desde logo assistir ao ensaio até que a magia aconteceu… foram momentos de elevação musical e espiritual! A alegria, a dedicação, o sentir daquele grupo maioritariamente de jovens, aquelas vozes e no fim a entrega, os abraços, a comunhão entre todos rejuvenesceu-nos a alma! Não percam a oportunidade!

Esta tour está incluída no NY Pass e custa $25,00 para quem não tenha o cartão.

Rockefeller Center

Para a noite tínhamos planeado terminar no Rockfeller Center e subir ao “Top of the Rock” para terminar o dia como começamos, a ver a cidade do alto, agora com a visão noturna dos seus arranha céus iluminados.

Mas o denso nevoeiro fez-nos abandonar esta última paragem que tentaríamos “encaixar” num dos outros dias.

O ROCKEFELLER CENTER é um complexo de entretenimento local, lojas, restaurantes e edifícios de escritórios no centro de Manhattan.


Conhecido pela sua pista de gelo e pela árvore de Natal, a verdade é que a pista estava vazia à nossa chegada, aliás poucas pessoas por ali andavam à noite. Como ainda estávamos apenas no final de outubro, a famosa arvore decorada com uma estrela Swarovski, trinta mil guirlandas e lanternas ainda não tinha sido montada …o local estava “morto”.

Aproveitamos ainda assim para uma pausa no jardim do Rockefeller Center admirando as suas flores e plantas, com decoração alusiva à época de Halloween, ver a estátua dourada do Prometheus, exposta na fonte de água da Lower Plaza e para refletir com as palavras de John D. Rockefeller, Jr. “I believe in the supreme worth of the individual and in his right to life, liberty and the pursuit of happiness” (Acredito no valor supremo do indivíduo e no seu direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade).

Chamou-nos também à atenção a estátua de bronze de Atlas, o titã grego, na 5ª Avenida, na calçada oposta à St. Patrick’s Cathedral, a maior no estilo gótico nos Estados Unidos.


Era tardíssimo quando regressamos ao apartamento! Há muito que a “hora de jantar” tinha passado e já nem me lembro de fizemos alguma coisa para comer nesse dia… provavelmente não! Nem nos lembramos de adormecer de tão cansados que estávamos. Cansados, mas felizes, com a sensação de ter vivido um dia memorável… e assim foram todos os seguintes!!!!!!

2º DIA

Lower Manhattan era o destino principal da parte de manhã e a hora de saída de casa as “invariáveis” 7:30… e mesmo assim não chegou para tudo o que estava programado!

Estátua da Liberdade

Acordamos como se tivéssemos sido atropelados por um dos carros de bombeiros que percorrem (de forma extremamente ruidosa!) a toda a hora as ruas de Nova York, engolimos o pequeno almoço, preparamos mais umas sandes para o almoço do dia e fomos apanhar o metro a caminho do Castel Clinton Nacional Monument, o primeiro posto de triagem de imigrantes de Nova York, localizado no Battery Park, e que funciona apenas como bilheteira para o passeio de barco até a ESTÁTUA DA LIBERDADE e Ellis Island.

Queríamos apanhar o primeiro ferry, que saía ás 8:30, mas mesmo tendo cumprido o horário matinal estipulado, o metro não colaborou…a abarrotar de gente por ser hora de ponta para quem se dirigia aos seus empregos para esta zona, coração do centro financeiro, nem paravam ou apenas entravam os mais atrevidos!

E quando ao fim de meia hora de viagem chegamos as filas já eram enormes!

Acabamos por demorar menos tempo por ter o NY Pass que tinha uma fila própria, mas só descobrimos isso um pouco depois… fica a dica! Mais uma vez este cartão fez com que não gastássemos $18,00 no ferry e também incluía o acesso à seção Fort Wood do pedestal da Estátua da Liberdade.


Já o acesso à coroa não está incluído e para quem o quiser fazer terá, além do um custo adicional, que fazer a pré reserva no site oficial com bastante antecedência. Pela frente terão um percurso extenuante que abrange 393 degraus (aproximadamente a altura de um edifício de 27 andares) numa zona fechada, 162 dos quais estreitos e apertados! Não há acesso de elevador desde o pedestal até à plataforma da coroa, a distância desde os pés da até à cabeça da Estátua! Esta descrição demoveu-nos dessa “proeza”.

Obtidos os bilhetes embarcamos rumo ao que é, sem dúvida, o símbolo mais famoso de Nova York, que nos seus 46 metros de altura (93 se contarmos a base), constitui um ícone da liberdade e uma forma de dar boas-vindas aos imigrantes, que chegam do exterior à cidade.

Os barcos saem a cada 30 minutos e o trajeto dura cerca de 20 minutos.

O passeio de ferry até a ilha é bastante agradável e proporciona, além da brisa que vem do Rio Hudson, vistas privilegiadas quer da estátua, quer da cidade de Nova York, de um ângulo diferente.

A estátua da Liberdade, projetada pelo francês Frédéric Auguste Bartholdi e contruída por Gustave Eiffel, foi enviada em caixas (!!!) para ser “montada” e inaugurada em outubro de 1886, sendo o presente dos franceses para comemorar os 100 anos da Declaração da Independência dos Estados Unidos.

Uma curiosidade é que os sete raios da coroa da Estátua representam os sete mares e continentes e que a placa que está na da mulher tem a inscrição de 4 de julho, o dia da Independência dos EUA. Além disso, por baixo do vestido, junto à perna direita podem ser vistas correntes partidas, como se ela andasse em direção à liberdade e ao fim da opressão… como gostamos deste tipo de “pormenores”!!!

Após passar pelo rigoroso sistema de segurança, entramos no “Museu da Estátua” onde uma galeria exibe os detalhes da sua construção e uma exposição com a tocha original, que foi trocada em 1985.

O museu é de livre entrada para quem desce na Liberty Island para visitar a estátua – são apenas necessários bilhetes de barco ferry – e no fundo constitui uma experiência que está direcionada para a descoberta do simbolismo dos elementos da estátua, relembrando a cultura popular que a representa e apelando a que se faça uma reflexão sobre os valores de liberdade, democracia, esperança e direitos na atualidade.

Antes de voltar para Manhattan, o barco pára na Ellis Island, outra pequena ilha onde está o Museu da Imigração e que no passado era a principal porta de entrada para que vinha de outro país para morar na cidade.

Apesar da curiosidade de conhecer este museu que, ao sabemos, é uma imersão completa nos apartamentos, casas e fábricas em que os imigrantes viviam contando as histórias de quem viveu a Segunda Guerra Mundial e a Grande Depressão, a manhã já ia longa e tínhamos que fazer opções!

Tínhamos reservado uma hora e meia para a totalidade da visita, pressupondo que lá conseguíamos chegar ás 9:00, o que não foi o caso! Também nos esquecemos de contar com o tempo de regresso do ferry e precisamente ás 11:40 já tínhamos que estar a apanhar o New York Water Taxi que nos levaria até ás imediações da Brooklyn Bridge onde faríamos uma “sightseeing bike tour”. Assim, como o tempo “não estica” e o ingresso para o Museu da Imigração não estava incluído no pacote para a Estátua da Liberdade do NY Pass, optamos por não fazer esta visita. Fica aqui, no entanto a informação de que o bilhete custa US$ 27,00.


Com algum tempo disponível e um sol maravilhoso a fazer-nos companhia almoçamos as nossas sandes junto ao East River depois de termos embarcado ao bordo do Water Taxi até ao Pier 11.

Foi então que nos dirigimos ao 110 South Steet para a “Brooklyn Bridge Sightseeing Bike Rentals and Tours” na expectativa de fazer uma tour guiada nessa zona. Mas o que de facto encontramos foi uma loja de aluguer de bicicletas! Entregaram-nos uns capacetes, um mapa para a mão e a indicação que teríamos a bicicleta disponível por 24 horas, a ser devolvida ou no mesmo local ou no Central Park. O custo deste aluguer para 24h teria tido o custo de $40,00

Ponte de Brooklyn

Está na altura de revelar a minha falta de habilidade para este veículo de duas rodas! Ainda mais a ser manobrado por entre o transito caótico de Nova York…, mas a ideia de atravessar deste forma a PONTE DE BROOKLYN prevaleceu!

Cruzando o East River conectando Manhattan e Brooklyn, era em 1883, data da sua conclusão, a ponte suspensa mais longa do mundo, com uma distância entre pilares de quase 500 metros e ainda agora impressiona pelo impressionante comprimento de 22 mil km de cabos de aço necessários para “trançar” as quatro cordas principais.

Hoje 120 mil veículos atravessam a ponte do Brooklyn por dia usando seis faixas. Circulam por ela, no nível superior para fazer o caminho de Manhattan até o Brooklyn e vice-versa, mais de quatro mil pedestres, além das três mil bicicletas…e nós fazíamos parte deste número!

A travessia estende-se por cerca de 2 quilómetros e foi um desafio à minha capacidade de equilíbrio pois apesar da pista própria para o efeito não faltam turistas a atravessa-la ou mesmo parados na busca da melhor foto!


Do “outro lado” a principal atração é o DUMBO (Down Under the Manhattan Bridge Overpass), uma região repleta de prédios antigos em tijolo e muita área verde para piqueniques ou simplesmente relaxar ao sol.

Mas havia ainda tanto para fazer nesse dia! À data de hoje até me questiono como foi possível cumprir tais planos…

Devolvida a bicicleta, tínhamos então que ir levantar os bilhetes que tínhamos adquirido por uma agência aqui em Portugal para nessa noite ir à Broadway assistir ao “Fantasma da Ópera”. No voucher tínhamos a morada do “New York Guest Office” e estávamos à espera de uma “loja” com alguma visibilidade, mas uma vez lá chegados deparamo-nos com edifício de escritórios nada “amigável” a nível de informações para onde nos deveríamos dirigir, sem indicações explicitas do tal “New York Guest Office” e tememos o pior… mas no fim de sermos remetidos “para aqui e para acolá” e esquecidos numa sala de espera lá apareceram os bilhetes.

Paley Center for Media

Com o espetáculo garantido para as oito da noite, fomos para o próximo destino: marcam os ingressos do “PALEY CENTER FOR MEDIA” a nossa entrada lá ás 3:30pm, com um “atraso” de uma hora relativamente ao previsto…

O acesso ao quarto andar deste edifício estava incluído no NY Pass onde se anunciada de que por lá havia “tudo para todos no Museu de Televisão e Rádio!” Mas, se é verdade que por um lado a sua coleção inclui mais de 100.000 programas de televisão e rádio e anúncios desde a década de 20 até a atualidade, por outro tais programas estão “escondidos” em computadores individuais e de uso nada intuitivo para possibilitar o rápido acesso a programas clássicos como os antigos do Ed Sullivan, ou a assistir à primeira caminhada na lua ou até mesmo a primeira aparição dos Beatles na televisão americana.

Desistimos rápido e aproveitamos para “recuperar tempo” não gastando os 45 minutos que para lá tínhamos estipulado. Não conseguimos saber se tinha e qual o custo que teria o acesso sem o NY Pass. No fundo, não é local que mereça a nossa recomendação pois nada que atualmente não seja possível ver no Youtube!

Museu de História Natural

De novo no metro, o nosso destino era o MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL.


Previamente tinha “estudado” ao pormenor, piso a piso, sala a sala, tudo o que queria visitar no espaço de 2 horas! Mas lá dentro é um MUNDO! Conseguiu levar-me ao desespero…senti-me perdida, estávamos perdidos. Não encontrava nada do que tinha planeado, o tempo passava e o museu fechava ás 17:45! Fomos “salvos” pela maravilhosa “App” … a sério, instalem! Funciona como GPS com a rede wifi do museu e é simplesmente fantástica e a partir daí tudo correu bem!

Fica aqui a nossa escolha de visita, mas há mais mil e uma coisas que valem a pena! É uma questão de gosto e interesses. Um museu que voltariamps, sem dúvida para continuar a explorar.

No Lower floor, na sala “Cullman Hall of the Universe” as nossas atenções viraram-se para o “Willamette Meteorit”, um meteorito de 15,5 toneladas encontrado em Oregon, o maior já encontrado nos Estados Unidos e o sexto maior do mundo, para a “Ecosystem Sphere”, uma esfera em vidro totalmente fechada onde é simulado um habitat autossustentável: as algas captam energia da luz solar e, por sua vez, são comidas por camarão. E, por sua vez os resíduos do camarão fertilizam as algas contendo assim um ecossistema completo de plantas e animais, que reciclam nutrientes e obtêm energia da luz solar.

E, claro para a “Moon Rock” uma rocha lunar recolhida por astronautas durante as missões da Apollo na década de 1970. Nesta parte da exposição dedicada ao nosso satélite natural é ainda possível simular o nosso peso se estivéssemos na Lua!

No 1º andar, tínhamos na “lista” 5 salas.

A “Milstein Hall of Ocean Life” estava fechada para manutenção e assim não nos foi possível visitar a enorme “Blue Whale”, uma replica em fibra de vidro dessa espécie em vias de extinção e que assim serve neste museu como um alerta para a nossa responsabilidade para com as questões ambientais.

Fomos assim para a “Spitzer Hall of Human Origins” onde a grande estrela é a “Lucy”, um dos esqueletos mais completos encontrados até à data dos hominídeos primitivos de há mais de 2 milhões de anos atrás. O esqueleto, descoberto na década de 70 pertence a uma presumível fêmea que foi assim nomeada em homenagem à canção dos Beatles “Lucy in the Sky with Diamonds”, que os investigadores ouviram enquanto celebravam a sua notável descoberta.

Também visitamos a “Hall of North American Forests” para observar “Giant Sequoia Tree”, com mais de 1.400 anos de história. A árvore da qual a fatia do Museu foi tirada tinha mais de 100 metros de altura antes de ser derrubada por madeireiros na Califórnia, em 1891. Hoje, é ilegal cortar sequoias gigantes.

O “Caminho Cósmico de Harriet e Robert Heilb” é um caminho a não perder…uma espiral até à base da Esfera Hayden, em que nos é relatada a história de 13 biliões de anos do universo. O passo de cada um é medido em milhões de anos!

As principais fases de desenvolvimento representadas no caminho incluem a formação da Via Láctea, do Sol e da Terra, a primeira vida na Terra, a produção de oxigénio nos oceanos e a Era dos Dinossauros.

No segundo andar há salas dedicadas ás mais variadas partes do mundo, mas optamos por passar pela passagem que contem as “Scales of the Universe” em que ao longo de 120 metros de comprimento ilustra a vasta gama de tamanhos no universo, desde partículas e objetos subatômicos à escala humana até aos maiores objetos do cosmos observável.

A exposição apresenta planetas realisticamente renderizados, incluindo Júpiter e os anéis de Saturno que pendem do teto.

A Hayden Sphere no centro do Rose Center serve como uma referência central para ilustrar os tamanhos relativos de galáxias, estrelas, planetas, células e átomos.

E com o tempo a “esgotar” fomos diretos ao 4º andar onde está em exibição o “Tyrannosaurus rex” na “Hall of Saurischian Dinosaurs”, para assim poder ver ao vivo um dos maiores dinossauros que já existiu, bem como os seus “irmãos” “Allosaurus”, “Apatosaurus” entre outros!


Também aqui a entrada está incluída no NY Pass, sendo o custo da mesma, sem o cartão de $23,00.


Abandonamos, “contrariados”, este maravilhoso museu porque tinha chegado a hora do seu encerramento mas ainda com tempo de mais uma visita, que por fechar ás quintas feiras apenas ás 8 da noite nos permitiu “encaixar” no percurso deste dia.

Discovery Times Square

No “DISCOVERY TIMES SQUARE” estava em exibição o “Body Worlds: Pulse”, uma “viagem” pelo corpo humano que muda a forma como olhamos para nós mesmos!


Corpos inteiros, sistema muscular, partes translúcidas e órgãos são-nos apresentados de forma “assustadoramente” realista, dando-nos uma visão incomparável da nossa estrutura “debaixo da pele”.

Desde a “ilustração” de um corpo obeso, à de um pulmão de fumador em contraste com bailarinos e figuras desportivas, são várias as situações escolhidas para mostrar o impacto do estilo de vida moderno na nossa saúde.

O Dr. Gunther Von Hagens é o pioneiro anatomista e inventor da técnica de “plastinação”, uma tecnologia revolucionária que trava a decomposição do corpo e tornou possíveis estes estudos.

De referir que mais uma vez a entrada estava incluída no NY Pass, sendo o custo da mesma, sem o cartão de $27,00.

O Fantasma da Ópera – Broadway

Mas para terminar o dia em grande faltava ainda o espetáculo na Broadway!

A escolha foi difícil… mas acabou por recair numa clássico, “O Fantasma da Ópera” romance do escritor francês Gaston Leroux, que se tornou mundialmente conhecido através do musical de Andrew Lloyd Webber.

O enredo é simples e conta a história trágica de um triângulo amoroso passado nos bastidores de uma ópera parisiense. O protagonista, uma entidade mascarada que assombra a local, desenvolve uma paixão obsessiva por Christine, a jovem soprano. Durante anos, de noite, ensina-a a cantar, dizendo-lhe que é o “Anjo da Música”. Esta, no entanto, apaixona-se por Raoul, o novo dono do teatro. Entre ataques de ciúme, raptos e ameaças, Christine acaba por aceitar casar com o Fantasma para salvar a vida do amado.

O momento marcante desta opera é quando a jovem levanta a máscara para beijar o rosto do Fantasma e este confessa que nunca foi beijado, nem mesmo pela mãe, acabando ambos a chorar, num momento de grande intimidade e emoção. É então que o Fantasma deixa Christine partir com Raoul, desde que cumprisse a promessa de regressar à sua morte para devolver o anel de ouro que lhe deu. Algum tempo depois, ele morre “de amor” e a cantora regressa à Ópera para enterrar o seu corpo e devolver o seu anel.

Mas mais que o enredo, a magia de assistir a um espetáculo na Broadway é inigualável e uma experiência a ter pelo menos uma vez na vida!


Regressamos, mais uma vez a casa já “fora hora de jantar” … O espetáculo dura cerca de 2 horas e meia, tinha começado ás oito da noite, é só fazer as contas! Mais uma vez exaustos, mais uma vez com a maior sensação de felicidade…

3º DIA

E ao terceiro dia decidimos dar algum “descanso ao corpo” e acordamos um pouco mais tarde pois só teríamos que estar as 11:00 na Grand Central Station para nos encontrarmos com o guia da tour que tínhamos reservado, a BRONX RENAISSANCE WALKING TOUR, incluída no NY Pass (custo de $35,00 sem cartão).

Mas se pensam que foi um dia menos intenso estão enganados… volto a referir que há distância de seis anos, e ao passar para o papel esta aventura, me questiono como foi possível! Se não tivesse as “provas fotográficas” e TODOS bilhetes guardados com referência ao dia e hora em que foram usados nem eu, que lá estive, acreditaria…


O caminho até Bronx é feito de metro e logo há chegada o impacto com uma “nova” Nova York é brutal!

Bronx

Percorremos a “famosa” linha 4 e ao descermos da estação 167 Street vimo-nos rodeados duma realidade profundamente diferente… parece que estamos noutro país!

Separado de Manhattan pelo rio Harlem, durante o século XX, o Bronx foi sinónimo de precariedade económica e crime. Berço do rap e do hip hop pelas suas ruas são faladas inúmeras línguas diferentes, embora o inglês e o espanhol predominem, e em rigor, o espanhol!

A melhor região para visitar é a mais próxima ao rio Hudson pois as restantes áreas continuam conflituosas o suficiente para que a maioria das pessoas prefira evitá-las.

Assim fomos, na companhia de um guia local, explorando o corredor cultural south bronx conhecido pela sua arte e a sua cultura e conhecendo a sua história com raízes nas comunidades de imigrantes, passando pelo declínio do bairro até ao renascimento cultural e social na atualidade.


Com passagem obrigatória pela famosa Avenida Grand Concord, onde se faz sentir a vibração do Bronx, com muita música e sabores latinos por todos os lados e imigrantes africanos com roupas coloridas, que contrastam com os edifícios em art déco enfileirados, fomos também vendo os grafites, o grande símbolo da “cultura de rua” em que a arte é aliada ao protesto social.

E, além das inúmeras pinturas pelos muros locais, nos anos 80 os artistas de rua do Bronx resolveram mostrar sua arte por toda cidade de New York, pintando os vagões dos metros que iam do Bronx a Brooklyn, passando por Queens e Manhattan, levando a arte e o protesto da periferia para outros cantos de Nova York.

A visita guiada termina junto do Estádio dos Yankees, a equipa de beisebol mais famosa de Nova York e tem uma duração de cerca de 3 horas (ida e volta) o que nos deixava (mais uma vez!) com o horário apertado para “engatar” na seguinte tour do dia: “HISTORY OF WALL STREET”, até porque tínhamos que atravessar completamente Manhattan até ao seu ponto mais a sul (Lower Manhattan).

Wall Street

A “Wall Street” é o coração financeiro da cidade e os oito quarteirões que a rodeiam estão cheios de histórias do passado e do presente que quisemos ir conhecer. Mais uma vez esta tour estava incluída no NY Pass (custo sem cartão de $25,00).


Existem várias versões sobre a origem do nome da Wall Street. A mais popular é a versão de que havia um muro construído para separar os colonos residentes e os índios nativos americanos.

Começamos pela “New York Stock Exchange” a bolsa de valores mais conhecida e importante do mundo, fechada ao público por questões de segurança, mas onde aprendemos como surgiu: em 1790 o comercio de ações na zona de Wall Street era agitado, mas desorganizado. Por isso, em 1792, vinte e quatro corretores que trabalhavam no número 68 de Wall Street assinam um acordo segundo o qual só negociariam uns com os outros. Era o nascimento do NYSE (New York Stock Exchange), a Bolsa de Valores de Nova York.

Seguimos para a “Federal Hall”, este marco icónico onde George Washington se tornou o primeiro presidente do país em 1789, e que exibe nas suas escadas a sua estatua em bronze e em cujas salas se encontra a “Bill of Rights”, a carta dos direitos dos cidadãos americanos.

Passamos pela “Trinity Church”, local onde se encontram sepultadas figuras históricas como Alexander Hamilton e que se localiza na antiga sombra das Torres Gêmeas! Esta igreja neogótica tem ainda a particularidade de ter sido inspirada nas “Portas do Paraíso” do Batistério de Florença.

E terminamos no “Charging Bull”, uma escultura de um touro enorme feita de bronze que pesa cerca de 3 mil quilos e mede quase 4 metros de altura e tem 5 metros de comprimento! Foi criado, após o período difícil enfrentado na Wall Street durante a década de 80 para representar a força e o poder financeiro, como um símbolo da coragem e virilidade necessárias para que momentos de crise fossem superados! Talvez por isso existe a superstição de que quem passar a mão no chifre ou nas partes íntimas desta escultura terá muita prosperidade financeira e ganhará muito dinheiro! Fomos testar, claro!


Mais uma demonstração de que “Wall Street” não é só o nome de uma rua, mas toda esta zona uma autêntica personificação do sistema financeiro dos Estados Unidos da América!

Memorial 11 setembro

Estava na hora de uma visita “dolorosa” mas imprescindível…o Memorial do 11 de setembro e ao museu (incluído no NY Pass – custo de $26,00 sem cartão)


Talvez por ser tão recente, talvez por termos “presenciado” esta tragedia “em tempo real”, a verdade é que tudo é muito intenso e emocionante. Saímos de lá sem palavras e com o coração apertado…

Se antes eram as Torres Gêmeas que se destacavam na paisagem de Nova York, no seu lugar está o MEMORIAL 11 SETEMBRO… um grande vazio, retratado em 2 piscinas negras (South e North Pool) de cujas bordas brotam cascatas infinitas que caem no “abismo”.

De forma impactante são homenageadas as cerca de três mil pessoas mortas nos ataques, com os seus nomes gravados no muro preto, muitos com flores, dedicatórias e cartas…A tristeza impera no ambiente sendo visível o respeito e a conexão que a maioria dos visitantes tem com aquele lugar. Não é um lugar fácil de visitar sem nos emocionarmos!


Ao lado, no entanto, uma lufada de “ar fresco”: tinha (quase) tudo para não resistir, três semanas após os ataques, foi descoberta entre os destroços uma árvore pereira-de-jardim, a única que sobreviveu. Estava coberta de cinza, queimada e aparentemente sem vida, só com algumas folhas num único ramo…


Foi batizada “The Survivor Tree”, a árvore sobrevivente

Foi levada para um viveiro em Bronx, onde foi tratada e em 2010, voltou a “casa” onde desde então, é uma atração especial do Memorial e Museu do 11 de Setembro e vive protegida por uma cerca, sendo vista como símbolo da sua vocação para a persistência.

Fomos de seguida ao MUSEU.


Um museu diferente de qualquer outro, um museu que transmite angústia, tristeza e perplexidade, feito com o propósito de nos fazer reviver cada instante, não só do dia dos ataques em si, mas também do período que antecedeu os atentados e de tudo que veio no decorrer dessa data.

Passamos por salas onde podemos ver de perto objetos, milhares de fotografias, vídeos e gravações áudio que nos fazem reviver a história de uma forma muito presente e também estruturas reais que faziam parte do World Trade Center.

No início da visita é visível a gigantesca “Fundation Hall”, uma parede construída para conter as águas do rio Hudson que resistiu aos ataques e que caso tivesse cedido poderia ter feito com que os túneis do metro e as áreas da parte baixa de Manhattan fossem alagados completamente, causando assim uma tragédia ainda maior.

De seguida passamos pelas escadas originais de uma das torres, que foram o ponto de fuga de centenas de pessoas que conseguiram escapar dos ataques, e que por isso se chama “Escada dos sobreviventes”.

No “Hall da Memória” as palavras do poeta romano Virgílio resumem o contexto principal do museu: “No day shall erase you from the memory of time”. Cada uma das letras foi forjada com o ferro resgatado das ruínas do WTC.

A partir deste ponto percorremos várias galerias onde é possível observar colunas reais que compunham a estrutura das torres, carros de bombeiros parcialmente destruídos e muitas vigas de aço que foram retorcidas como papel… relíquias da tragédia que nos tiram as palavras e deixam um silêncio dolorido.

Mas a mais chocantes sãos as salas onde se presta homenagem às pessoas vítimas dos atentados. Além das fotos na parede, é possível conhecer um pouco da história de cada um. Há ainda muitos objetos recuperados que incluem itens pessoais: roupas de bombeiros, de crianças e de pessoas que tiveram suas vidas interrompidas naquela data.

Particularmente perturbadora é ainda a sala onde se pode ouvir os áudios originais que alguns passageiros conseguiram enviar para os familiares durante o voo, quando já imaginavam o desfecho final…é de dar um nó na garganta e até faltar o ar.


Percorrer as instalações desse museu é “devastador” e provoca um impacto difícil de explicar…é um museu que nos mostra muito mais do que a reconstituição dos ataques, mostra-nos o dia que mudaria o rumo da história e como o terrorismo impactou a vida de pessoas não só em Nova York e nos Estados Unidos, mas em todo o Mundo!

Madame Tussauds New York

Para “aliviar a tensão” decidimos acabar a tarde no Museu “MADAME TUSSAUDS”, apenas previsto para o dia seguinte. (incluído no NY Pass – custo sem cartão de $37,00)


Situado em Times Square, com mais de 200 estátuas é considerado um dos melhores museus de cera do mundo e é, acima de tudo, divertido!

Desde logo, a dar-nos as boas-vindas, uma grande sala em ambiente de festa, permite-nos passear entre os famosos que estão na moda e ir tirando fotos à nossa vontade!

Há também salas temáticas como a “Music Experience” onde, como o próprio nome sugere, é possível encontrar os grandes ídolos da música, a “History Gallery” com personalidades que fizeram história como líderes ideológicos e militares e outras personalidades famosas. Até uma foto com Obama no Salão Oval é possível tirar!

Mais descontraídos, seguimos para o jantar marcado no Cotton Club!

Cotton Club

No bairro de Harlem, situado num edifício por baixo da Riverside Drive Bridge, este nightclub esteve ativo durante a Lei Seca durante a década de 1920 com famosos shows de jazz, tendo por lá passado nomes como Nat King Cole e Billie Holiday.

Aparentemente mantém até hoje a mesma decoração: mesinhas com toalhas plásticas vermelhas, muitos espelhos e quadros nas paredes que tornam o ambiente pitoresco. A sensação é de ter voltado no tempo e só tivemos pena de estar tão vazio… sentimos que foi “abandonado”, “esquecido” como marco daquela época. Acabamos por jantar quase sozinhos, embalados pela orquestra “Cotton Club All Stars” dando assim cedo por terminada esta viagem nostálgica.


Top of the Rock

Como tal, decidimos “repescar” a ida ao “TOP OF THE ROCK” no Rockefeller Center que no primeiro dia tinha sido adiada por causa do nevoeiro intenso que se fazia sentir. Incluído no NY Pass, tem o custo sem o cartão de $30,00.


Depois de subir 70 andares, os decks de observação do Top of the Rock oferecem uma vista 360° da cidade totalmente livre e absolutamente estonteante. Daqui a vista noturna das luzes de Nova York é de tirar o fôlego, o lugar ideal para terminar aquele que foi um dia cheio de emoções!

4º DIA

Apesar do nosso primeiro destino do dia apenas abrir ás 10:00, ainda não eram 9 da manhã e já estávamos na rua. Aproveitamos para caminhar até ao metro com mais calma, apreciando cada canto da cidade e deliciando-nos com os fantásticos donuts fresquinhos que são vendidos “a cada esquina” pelos vendedores ambulantes.

New York Hall of Science

Decidimos nesse dia fazer um outro “desvio” e fomos até QUEENS, mais um dos cinco distritos de Nova York , localizado a leste de Manhattan, onde escolhemos visitar o “New York Hall of Science” para depois ir até ao extremo oposto e em Coney Island conhecer o “Luna Park”.

O NEW YORK HALL OF SCIENCE, em pleno Corona Park e como tal rodeado pela natureza, está cheio de diversão para todas as idades, com exibições interativas e divertidas em vários campos da ciência, como a biologia e a física. Também ele incluído no NY Pass, a entrada tem o custo de $15,00.

“Don’t Call It A Museum” é o seu mote!

E na verdade no NYSCI somos convidados a mais do que olhar para exposições ver “por trás” delas, tocar-lhes, mexer-lhes, experimentar para descobrir o mundo oculto da ciência nas coisas que nos rodeiam. E de tal forma nos absorveu que poucas foram as fotos que nos lembramos de tirar!

Luna Park

Prova do tamanho “gigante” de Nova York é que para chegarmos ao LUNA PARK demoramos cerca de hora e meia de metro!


Foi uma viagem memorável… o metro foi enchendo até passar na zona de Manhattan, as pessoas foram “mudando” e voltou a esvaziar à medida que nos aproximávamos do fim da linha, na península bem ao sul do Brooklyn, e as pessoas voltaram a “mudar”!

O mesmo aconteceu no nosso regresso a Manhattan. Ficamos com pena de não ter gravado o “time lapse”. É impressionante: roupas, acessórios, feições, posturas… tudo muda!

Coney Island é mais uma vez um lugar em Nova York totalmente diferente do estereotipo por que esta cidade é conhecida, afinal não é feita apenas de grandes prédios luminosos, teatros da Broadway ou Central Park. Há lugares como o Bronx e também há praia e um parque de diversões centenário, o Luna Park!

Na década de 1920 foi considerado o maior do mundo, hoje está bem longe disso, mas continua um lugar que merece uma visita.

Uma das estrelas do parque é a “Ciclone”, uma das primeiras montanhas-russas do país, com sua estrutura ainda toda de madeira e a outra a “Wonder Wheel”, a roda gigante, ambas construídas na década de 20… autênticos clássicos!

Mas simplesmente caminhar pelo parque cruzando-nos com as tradicionais barracas de jogos como atirar na boca do palhaço para ganhar um urso gigante ou brincar com uma espingarda para acertar as latas, fazem-nos “recuar no tempo”! É tudo muito “anos 50” com letras garrafais e coloridas para destacar as atrações.

O Luna Park está incluído no NY Pass que permite a utilização das atrações dentro do complexo de forma ilimitada, através de pulseira de acesso, pelo período de 4 horas. A alternativa é comprar o Luna Cards e gastar Luna Credits. A pulseira do passe não permite, no entanto, acesso ás “Extreme Thrill Rides” cujos bilhetes são vendidos à parte nas bilheterias do parque. De qualquer forma o custo da mesma pulseira teria tido o preço de $35,00.


Além de tudo isso, é claro, ainda temos uma praia com quase 3 quilómetros de extensão, banhada pelo oceano atlântico! Foi por lá que almoçamos antes de regressar à “selva de pedra”.


A tarde seria repartida em dois: o regresso à “Museum Mile”, a região da cidade com dez museus espalhados ao longo de três quarteirões, e dos quais já tínhamos visitado no segundo dia o Museu de História Natural, desta feita para percorrer o MET e o GUGGENHEIM e ir assistir à Halloween Parede… sim, era dia 31 de outubro, véspera de HALLOWEEN!

A “tática” para conseguir tamanha faceta foi mais uma vez o “estudo prévio” dos museus, piso a piso, sala a sala, com os locais a visitar devidamente assinalados nos mapas impressos dos respetivos sites.

MET – Metropolitan Museum of Art

O MET – METROPOLITAN MUSEUM OF ART – é um dos maiores e melhores museus de arte do mundo. Tinha-nos dado imenso jeito uma “App” tipo a do Museu de História Natural! Tem o custo de $25,00 sem NY Pass.


O seu espólio justifica explorá-lo em mais do que um dia… e nós pouco mais que uma hora dispúnhamos! Ficam aqui as nossas opções nesta visita:

Fomos diretos a um dos seus principais destaques, o templo egípcio localizado no primeiro andar: o Templo de Dendur que foi um presente do Egito pela ajuda na salvação de Abu Simbel.


Ao lado há uma enorme ala do museu dedicado à arte egípcia com vários sarcófagos oriundos dessa magnifica cultura. Um deles guarda a múmia de uma mulher chamada Artemidora, luxuosamente equipado com apliques e com uma elaborada máscara funerária. Destacamos ainda “The Fragment of a Queen´s face” que até aos dias de hoje não se sabe quem é: rainha Tiye, esposa de Amenotepe III ou Nefertiti, rainha e principal consorte de Akhenaton são as hipóteses mais prováveis.

Ainda no primeiro piso seguimos para a ala dedicada à arte greco-romana onde pudemos apreciar o “Group of the three Graces”, as donzelas de Afrodite: Aglaia (Beleza), Eufrosina (Alegria) e Tália (Abundância) que são representadas como jovens seminuas.

Fomos passando pela arte da África, da qual deixamos aqui o pormenor do pingente lá exposto e que era usado pelo rei do Benin em ocasiões cerimoniais, o “Queen Mother Pendant Mask (Iyoba)”, símbolo da arte africana ou ainda as estatuas de madeira de diferentes tribos do Mali.

E pela arte da Oceânia desejando poder “perder mais tempo” a apreciar tamanha coleção! Ficamos encantados com a “Asmat Spirit Canoe (Wuramon)”, um conjunto de barcas com esculturas cerimoniais e com a “Kwoma ceiling from the Sepik River” (ambas da Papua Nova Guiné) composto por mais de 270 pinturas. Juntos, estes painéis suspensos formam uma instalação impressionante e espetacular no Museu Metropolitano com cerca de 25 metros de ponta a ponta. Cada pintura representa um animal específico, planta, objeto, ser sobrenatural, ou outro fenómeno associado a um dos clãs da aldeia, como morcegos de frutas ou estrelas cadentes.

Acabamos a “volta” ao primeiro piso na secção de esculturas e artes decorativas europeias na escultura de Marsyas, que numa das grandes parábolas da arrogância desafiou o deus Apolo a uma competição musical. O Deus triunfou e depois puniu o seu adversário esfolando-o vivo. O retrato de Marsyas é emotivo: o rosto contorcido e a boca aberta “mordendo” transmitem dor, enquanto os ombros esticados sugerem que os seus braços estão presos atrás das costas.

No piso superior apenas tivemos tempo para visitar a sala das antiguidades do médio oriente onde destacamos o “human-headed winged bull and winged lion (Lamassu)”, um leão alado com cabeça humana, com origem na Mesopotâmia, mais precisamente em Nimrud, no Iraque. Este leão com cinco patas, se visto de frente, parece estar imóvel, mas, se visto de outro lado, parece que avança. Representando deste modo, deixa claro os seus poderes sobrenaturais e protetores de ambos os pontos de vista.

Guggenheim New York

Estávamos a “dois passos” do museu que íamos visitar de seguida e por isso cinco minutos depois entravamos no SOLOMON R. GUGGENHEIM (tem o custo de $25,00 sem NY Pass)


Quer visto por fora, quer por dentro impressiona logo nível arquitetónico, com a sua estrutura em espiral. Também a sua coleção permanente é muito rica, com obras de Gauguin, Van Gogh, Picasso, Monet e outros artistas mundialmente famosos.


Ficam aqui algumas delas:

Woman Ironing”, concluída durante o período azul de Pablo Picasso e que constitui uma célebre demonstração da sensibilidade, habilidade e emoção com que o retratava os pobres trabalhadores, na época em que era um jovem artista desconhecido que vivia em relativa pobreza.

Palazzo Ducale, seen from San Giorgio Maggiore” com o qual Claude Monet teve um preponderante papel no desenvolvimento do Impressionismo. Nunca antes Veneza tinha sido tão severamente despojada de todos os seus atributos míticos, nunca teve a materialidade do ar e da névoa e as suas cores tão reais e verdadeiras como nas pinturas de Monet.

Woman with Parrot”, uma pintura de Pierre-Auguste Renoir que retrata a modelo Lise Tréhot, que posou para Renoir em mais de vinte pinturas.

Halloween Parede

Aproximava-se a hora que tínhamos planeado para ir assistir à HALLOWEEN PAREDE, que iria percorrer a 6th Ave. Desde Spring até á 16th St., com início ás 19:00.


Ao longo dos dias da nossa estadia já nos tínhamos apercebido que por lá isto do Halloween é vivido “mesmo a sério”. Por todo o lado se viam decorações alusivas a este tema e muitas casas exibiam desde aboboras a bruxas, caixões, campas e todo o tipo de coisas macabras que possam imaginar, em plena cidade.

Mas mesmo assim “desvalorizamos” o evento e só no dirigimos para lá à hora prevista para o seu início… não podíamos ter feito maior asneira!

Os metros em direção aos locais de acesso iam tão cheios que nem paravam…e quando finalmente conseguimos entrar num ao sair na estação vimo-nos rodeados de tamanha multidão que até ali era quase impossível de andar. Agora imaginem na rua!

Nem próximo do desfile nos conseguimos chegar… As únicas imagens que temos “devemo-las” ao selfie stick da GoPro que todo esticado para cima nos permitiu ver alguma coisa.

Nesse dia “permitimo-nos” jantar num restaurante tipo mexicano, com música ambiente, junto a Times Square pois já não aguentávamos mais sandes ou fast food! É difícil (e caro) comer em Nova York…

5º DIA


Lembram-se da “história das corridas”?

Era domingo, 1 de novembro de 2015, o dia da Maratona de Nova York, a maior e mais popular corrida de 42km do mundo… aquela que nos tinha feito ir até lá mas da qual tínhamos ficado de fora, tantas eram as pessoas que concorriam ao sorteio que permite o seu acesso ao “público em geral”.

Desde a sua primeira edição, realizada em 1970, a prova “cresceu”, não em quilómetros, claro, mas a nível de abrangência do percurso: inicialmente restrita ao espaço do Central Park, atualmente tem aí a sua linha de chegada mas passou a contemplar diferentes cantos da cidade, tendo o inicio na Staten Island.

Central Park

O que fizemos nesse dia de manhã? Fomos conhecer o CENTRAL PARK… a correr!

Verdade! Eram 8 da manhã e já saímos equipados à rua seguindo desde o nosso apartamento que ficava a cerca de um quilometro do extremo sul do parque.

Já se viam montadas todas as infraestruturas da prova que aguardava os primeiros atletas que iriam terminar a mítica distância, mas só tínhamos a restrição do percurso por onde estes passariam e por isso pudemos, com um ou outro desvio, fazer os cerca de 10 quilómetros que nos levariam a passar por alguns pontos “famosos” do Central Park.

A primeira “paragem”, melhor “passagem”, foi por “Strawbarry Fields”, o memorial de John Lennon, que adotou o mesmo nome da famosa música dos Beatles “Strawberry Fields Forever”. Este pequeno jardim é famoso pelo mosaico “Imagine”, que também é uma homenagem a outra famosa composição sua. O jardim está muito próximo do “Dakota Building”, última residência do artista e local onde foi tragicamente assassinado em 1980.

Seguimos pela “Bow Bridge”, uma ponte pedestre de ferro fundido que cruza o lago chamado “The Lake” e que permite uma bela vista quer sobre o lago, quer sobre o sky line de Nova York onde se destaca o edifício The San Remo.

Passamos depois por um dos maiores símbolos do Central Park, a “Bethesda Fountain”. Esta belíssima fonte tem no centro uma escultura chamada Angel of The Waters (Anjo das Águas) e foi criada para comemorar a abertura do aqueduto que viria a fornecer a cidade com água fresca.

Ao lado, o “Bethesda Terrace” marca exatamente o meio do Central Park! Os seus ornamentos, arcos e esculturas dão-lhe um certo toque de romanticismo, mas estávamos “com pressa” para apreciar mais detalhes!

Também não paramos no “Belverde Castle”… sim, o Central Park também tem um castelo medieval, apesar de atualmente servir como centro meteorológico, para medir a velocidade do vento e a quantidade de chuva.

Atingimos, finalmente o nosso destino final, a área do grande Reservoir, o “Jacqueline Kennedy Onassis Reservoir” em volta do qual foi aberta a pista “Stephanie and Fred Shuman Running Track”, um dos locais mais populares para correr no Central Park, com 1,58 milhas ou seja cerca de 2,5 quilómetros.

Foi o único local em que paramos para algumas fotos antes do regresso, feito via “Sheep Meadow”, aquele enorme espaço relvado que apenas está aberto nos meses mais quentes, ou seja, de maio a outubro e onde é tão comum ver pessoas sentadas a fazer piqueniques ou apenas estendidas ao sol, a fazer desporto ou a brincar com crianças.

Banho tomado, repostas as energias, tínhamos ainda para a manhã desse dia reservada uma tour por SoHo, Little Italy e Chinatown, três bairros que demonstram muito bem a diversidade de Nova York.

Esta tour está incluída no NY Pass e tem o custo de $35,00 sem o cartão.

Soho

Em SOHO, abreviação para South of Houston, o destaque é a arquitetura e as lojas de grifes famosas em todo o mundo, concentrada sobretudo na zona da Spring Street e Prince Street.

Mas foram as ruas de paralelepípedo e apartamentos com escadas externas, cenários de diversos filmes e séries de televisão que mais nos atraíram neste distrito histórico.

São várias as curiosidades à volta da Houston Street: esta rua “corta” a ilha de Manhattan de leste a oeste e é partir dela, no sentido norte, que começam as ruas numeradas. Abaixo da Houston, no sul de Manhattan, as demais ruas são chamadas pelos nomes históricos e não pelos números.

Fica também aqui a nota de que SoHo foi uma das primeiras áreas de Nova York a receber um processo de revitalização, na década de 70, com a chegada de artistas, galerias de arte, comércio, restaurantes e reformas dos prédios antigos.

Entre SoHo e Little Italy paramos para provar o verdadeiro cheesecake! Aquelas dicas que, na verdade, apenas podem ser dadas por guias locais bem conhecedores destes “spots”!

Existem cidades assim, como Nova York, que vivem em simbiose com pratos icónicos: cachorro quente, bagel, apple pie… Mas, na verdade, apenas o cheesecake é “de verdade” nova-iorquino e uma sobremesa cheia de história. E para comer cheesecake em Nova York, na versão tradicional, o sito certo é o “Eileen’s Special Cheesecake”! A cozinha fica atrás do balcão, praticamente na frente do cliente e os doces são fresquíssimos porque, além de serem feitos na hora, o movimento é grande. Só há um problema: a variedade… é o pior lugar para indecisos!

Little Italy


Já em LITTLE ITALY conhecemos as histórias ligadas à comunidade italiana, que vive e viveu nesse bairro e que por lá acabaram por abrir restaurantes e espalhar a sua cultura pelas ruas, com bandeiras e imagens de Itália.

E o forte da Little Italy é mesmo a culinária… por isso aproveitamos o passeio para saborear outra pausa gastronómica com uma “bella pizza”!

A região de Little Italy já foi muito maior no passado, estando a ser cada vez mais “absorvida” por sua vizinha Chinatown, mas entre a Mulberry Street e a Grand Street ainda é possível apreciar muitas características que se mantêm intactas.

Chinatown

E chegamos à CHINATOWN, o tradicional bairro chinês, que abriga uma das maiores concentrações de chineses no Ocidente.


Foi a nossa primeira “chinatown” e é impossível não ficar impressionado com o contraste desse lugar, esquecemo-nos, por momentos que estávamos em plena Nova York”.

A Chinatown de Nova York é sinônimo de bugigangas, produtos falsificados, patos pendurados nos mercados e muita gente pelas ruas. Não há melhor local que a zona de Canal Street para comprar aquele souvenir a metade do preço!

Mas há muito mais… visitamos também uma Chinatown “diferente”, que consegue manter suas raízes, caminhando por ruas estreitas e apreciando “cantinhos” com letreiros antigos e onde todas as fachadas das lojas e restaurantes estão escritos em chinês!


Chegamos pela Canal St., uma espécie de avenida de onde “entram” várias ruas que dão acesso ao “coração” da chinatown. O ambiente muda, já são visíveis os caracteres em mandarim, bancas de rua em jeito de bazar aberto com vendedores dispostos a barganhar e pechinchar e uma variedade absurdamente ampla de produtos à venda. E muda também de forma “assustadora” as feições das pessoas! Vimo-nos de repente rodeados dos típicos “olhos em bico” tão característicos da etnia asiática.

Fomos percorrendo a Mott Street, mais estreita, com as suas fachadas das lojas coloridas, sempre escritas em chinês por onde se vende de tudo um pouco.

Embrenhamo-nos mais um pouco para o interior pela Pell Street, a “cara” da Chinatown, onde as escadas de incêndio que mais parecem que vão cair a qualquer momento e em que tudo parece amontoado, sem muita organização. É de espantar o número de barbearias, cabeleireiros e restaurantes, tudo no mesmo lugar, dividindo espaços minúsculos!

Até que chegamos a um daqueles cenários que mais parece saído de um filme! Doyers Street, a rua que faz uma curva, e que além de muitas lojas e muitos cabeleireiros chineses, esconde muitas histórias e curiosidades.

No início do século, a curva da rua tornou-se conhecida como “The Bloody Angle” por causa de inúmeros assassinatos entre os gangues Tong de Chinatown que duraram até os anos trinta, tendo assim a fama aí terem mais pessoas morrido de forma violenta do que em qualquer outro cruzamento nos Estados Unidos.

Consta-se também que ainda existem os tuneis secretos por onde os gangues escapavam com entrada algures por perto da farmácia e que desembocava na Confucius Plaza.

Ao lado da farmácia, com a fachada e escadaria verde, está o primeiro teatro chinês dos Estados Unidos. A sua história durou, no entanto, muito pouco devido à violência ao seu redor e acabou por fechar portas.

De regresso à Mott Street foi a vez de ir experimentar o tradicional restaurante “Fried Dumpling”, na Mosco Street.

Por apenas $1,00 compram-se 5 dumplins, uns bolinhos de massa frita muito característicos da gastronomia chinesa.

Foi-nos explicado pelo guia como tudo funcionava… era só juntar-nos à extensa fila com uma nota de 1 dólar na mão e, sem falar ou demorar muito, estende-lo à funcionária e receber de imediato a “refeição” continuando a fila para sair daquele pequeno espaço.

Para que não ficássemos apreensivos com o preço e duvidássemos da qualidade do que nos propúnhamos experimentar (até porque a fama dos restaurantes chineses não é a melhor!) foi-nos ainda explicado como funciona o sistema de classificação dos restaurantes de Nova York:

O departamento de saúde local realiza inspeções periódicas e atribui-lhes uma classificação de acordo com os pontos que obtêm: A, B ou C. Quantos mais pontos pior, pois estes são atribuídos por coisas negativas, como não lavar bem os alimentos, não mantê-los à temperatura certa, não desinfetar utensílios de cozinha…Os que recebem a letra A são aqueles que nos podem dar mais garantias, já os C… bem, é melhor fugir! Todos os restaurantes são obrigados a exibir num local visível a letra que lhes foi atribuída.

E, lá estava a letra “A” para nos reconfortar!

A visita terminou no “Columbus Park” frequentado todas as manhãs por idosos chineses a praticar “Tai Chin Chuan” em que o silêncio só é interrompido pela música de meditação que acompanha os movimentos e que depois é “invadido” por barulhentas crianças locais que aproveitam as infraestruturas lá criadas para o efeito!


Este parque, localiza-se na zona conhecida como “Five Points”, retratada no filme “Gangues de Nova York”, como um dos lugares mais violentos da cidade no século XIX, onde crimes e assassinatos entre gangues eram comuns na junção das cinco ruas. O Columbus Park foi construído em 1911, em cima dessa antiga área, acabando de vez com essa marca negativa.

New Museum of Contemporany Art


Ainda por Lower Manhattan aproveitamos para ir visitar o “NEW MUSEUM OF CONTEMPORARY ART”, “New Museum”, exclusivamente à arte contemporânea e que “foge” dos roteiros dos tradicionais museus desta cidade. Num edifício de sete andares com uma moderna fachada branca, além das exposições tem um terraço fabulosos com vista para sul/leste de Manhattan. A entrada é gratuita com o NY Pass e tem o custo de $16,00 sem o cartão.

Flatiron Building

No nosso caminho de regresso a casa… sim, nesse dia tínhamos decidido finalmente fazer um jantar no apartamento com a comida que tínhamos comprado no primeiro dia e que não usávamos por falta de tempo para cozinhar…ainda passamos pelo FLATIRON BUILDING, um dos primeiros arranha-céus construídos em Nova York, o inconfundível prédio triangular da cidade, no cruzamento da 5th Avenue, Broadway e 23rd Street.


O nome ‘Flatiron’ veio da palavra ‘iron’, ou ‘ferro de passar’ em inglês. O prédio foi batizado assim porque o terreno onde foi construído tinha, justamente, esse formato, estreito e fino. Um dos vértices tem, inclusive, um ângulo de vinte e cinco graus. Inevitavelmente, dois dos três lados do edifício convergem numa curva de apenas dois metros de largura, formando um túnel de vento aerodinâmico ao seu redor.

Museum of Sex

A cinco minutos de distância, a pé, fomos “espreitar” o MUSEUM OF SEX, que se dedica a preservar e apresentar a história, a evolução e o significado cultural da sexualidade humana. Com cada exposição o Museu está comprometido em abordar um vasto leque de temas, do ponto de vista das diferentes culturas, períodos de tempo e meios de comunicação. O museu concentra-se numa variedade de preferências sexuais e subculturas, incluindo o histórico de gays e lésbicas, pornografia e prostituição. Apesar de exposições do museu serem apresentadas num formato educacional, têm muitas vezes têm conteúdo explícito pelo que está reservado a maiores de 18 anos.

Tem o custo de $17,50 para os que não sejam portadores do NY Pass.

Harbor Lights Cruice

Após o jantar, fomos ver as luzes de Nova York num cruzeiro noturno, o HARBOR LIGHTS CRUISE, incluído no NY Pass e com o custo de $36,00 sem o cartão.


Na “cidade que nunca dorme”, quando as luzes se ascendem a magia acontece! Por isso, saímos do Pier 83, perto do Museu Intrepid Sea, Air & Space, no Rio Hudson, rumo ao sul de Manhattan, podendo simultaneamente apreciar as bonitas vistas de New Jersey e dos principais arranha-céus da cidade, como o Empire State Building e o One World Trade Center.

Ao chegar na ponta da ilha, é possível ver o Battery Park, a Ellis Island e a Estátua da Liberdade toda iluminada!

Depois, o tour entra no Rio East e passa por baixo das pontes do Brooklyn, Manhattan e Williamsburg. Mais uma vez as vistas sobre os prédios no leste de Manhattan, como o Chrysler Building e a sede da ONU são fenomenais.

É um passeio de 2 horas que considerámos imperdível.

6º DIA


E ao sexto e último dia (inteiro) da nossa estadia em Nova York confessamos que “quebramos” … estávamos exaustos, o ritmo tinha sido tão intenso (e a corrida do dia anterior também deixou as suas marcas…) que decidimos alterar os planos para algo mais “soft”.

Assim, deixamos de fora a Catedral “Saint John The Divine” e o “Museum of the City of New York”, ambos no topo norte do Central Park e fomos diretos ao MOMA – MUSEUM OF MODERN ART, ganhando com isso umas “horitas” na cama!

MoMA

O MoMA foi um dos primeiros museus no mundo dedicado apenas à arte moderna. E, além de oferecer uma visão geral sobre a arte do século XX, obras de arte de renome como “The Starry Night” de Van Gogh, “The Persistence of Memory” de Salvador Dali e “Les Demoiselles d´Avignon” de Pablo Picasso, entre outras, podem ser lá apreciadas e tornaram este museu um “must go” de Nova York. Está incluído no NY Pass, tem custo de $25,00 sem o cartão mas é de entrada gratuita ás sextas das 17h30 às 21h.


Para quem tiver pouco tempo é só ir direto ao 5º andar (Painting and Sculpture I) e poderá por aí ver todos os “higligths”. Depois é só ir descendo ao sabor do tempo disponível para apreciar todo o tipo de arte moderna.

Ficam as nossas sugestões, dentro das nossas preferências, o que, tendo em conta que existem mais de 150.000 pinturas, esculturas, desenhos, gravuras, fotografias, modelos e desenhos arquitetónicos e objetos de design, têm muitas probabilidades de não coincidir com as vossas!

O meu favorito é o quadro “The Persistence of Memory” (Persistência da Memória) do pintor surrealista Salvador Dalí.

Primeiro porque Dali é simplesmente “uma figura” com o seu inconfundível bigode com a “clássica posição” entre 10 para as 10 e depois porque como todas as obras de cunho surrealista está carregada de simbolismos!

É impossível não reparar nos relógios derretidos, assim representados para mostrar um tempo que passa de forma diferente em contraposição com a precisão da passagem dos segundos nos relógios “normais”, não distorcidos.

E sendo o relógio um objeto banal, do nosso dia a dia e no qual, em geral, não prestamos muita atenção é ao mesmo tempo o responsável por “marcar” o nosso dia, os nossos compromissos. Por isso, quando Dalí transfigura o relógio, faz-nos perceber como esse pequeno objeto tem uma importância tão grande nas nossas rotinas.

A mosca que aparece pousada sobre um dos relógios é mais uma confirmação de que o artista trata a questão do tempo nessa obra. O inseto lembra-nos que “o tempo voa”!

Também são aqui retratadas as formigas, um tema comum na obra de Dalí, e que representam a decadência. Se repararem o único relógio que não está deformado é o que está virado para baixo, cheio de formigas em cima!

A monstruosa criatura carnuda no centro da pintura é ao mesmo tempo “alienígena” e familiar: uma aproximação do próprio rosto de Dalí de perfil também ele retratado de maneira disforme.

Joan Miró, surrealista espanhol de tendência abstrata, tem também várias obras expostas no MOMA, e que cativa-me pessoalmente pelas suas formas e cores.

A tela “Person Throwing a Stone at a Bird” é da época em que Miró estava recluso em Mont-Roig, ainda durante a sua juventude. Uma obra simples, com traços mais singelos, um trabalho sintético com poucos elementos para uma fácil perceção de quem a vê. Destaca-se a linha do horizonte que divide o céu da terra. A figura da perna com olho parece oriunda de sonho e tem uma típica motivação surrealista.

Uma das suas pinturas mais famosas é “The Hunter (Catalan Landscape)” em que o fundo é metade pintado de amarelo e metade de vermelho, sem uma divisão exata. Elementos soltos parecem distribuídos pela tela ao acaso. Segundo especialistas “o caçador” é a criatura que aparece na parte inferior do quadro, com uma cauda triangular e bigodes, que caça com a língua um inseto.

Apesar do seu tom mais sombrio gosto bastante da tela intitulada “La Nascitura del Mundo”, sobretudo pelo contraste com o balão vermelho sustentado por uma corda amarela.

Além de não usar a habituais cores “berrantes” também o estilo deste quadro é diferente, mais abstrato, com poucos elementos. Assim, entre manchas e tinta escorrida, as poucas referências reconhecíveis fazem alusão aos sonhos, às alucinações e aos delírios, em sintonia com o projeto surrealista.

Miró criou “Still Life with Old Shoe” no contexto da Guerra Civil Espanhola, transmitindo angústia e medo através dos objetos, das sombras e dar cores. Este trabalho é muitas vezes comparado a Guernica de Pablo Picasso. Não é uma das suas obras mais famosas mas chamou-nos à atenção!

À esquerda há uma maçã a ser espetada por um garfo, depois uma garrafa, um pão e o sapato “do título”. As cores principais são amarelo preto, vermelho ácido, que simbolizam uma paisagem apocalítica, tudo em chamas. Esta visão infernal é sublinhada pelas sombras no horizonte.

Mudamos de estilo fomos conhecer a obra do pintor francês Claude Monet, um dos principais nomes do Impressionismo e que pintou a maioria das sua obras ao ar livre.

Nas últimas décadas da sua vida, Monet fez numa série de composições monumentais que retratam as exuberantes lagoas de lírios nos seus jardins em Giverny, no noroeste da França. Três delas estão aqui expostas, e mostram os lírios que florescem numa luminosa “piscina” de verde e azul.

Destacamos ainda algumas obras de Pablo Picasso, o pintor cubista que dispensa apresentações!

Girl before a mirror”, evoca uma imagem da vaidade e retrata a jovem amante de Picasso, Marie-Thérèse Walter. A pintura é da mulher que se olha ao espelho e a imagem que vê é diferente de si mesma. O estender da mão para o reflexo é interpretado como se estivesse a tentar unir seus diferentes “eus”.

Como o próprio nome indica, a obra “Three Musicians” retrata três músicos, que personificam o próprio Picasso e dois amigos seus: ele próprio como “Pierrô” a tocar viola, o seu amigo Apollinaire como “Arlequim” a tocar flauta e Max Jacob é o monge que está a tocar piano.

Para além da forma como os três elementos se encontram representados, em formas abstratas e planas tão juntas que se entrelaçam, a existência “escondida” de um cão de perfil leva a que seja interpretado como um símbolo da amizade.

E a mais famosa, “Les Demoiselles d’Avignon”, representa cinco prostitutas, entre cortinas que se abrem, que encaram e seduzem o espectador através de diferentes poses, gestos e olhares.

Com esta obra Picasso quebra com as tradições e convenções visuais: há uma grande rutura na forma de representar que marca a própria mudança de interesse da arte moderna, ou seja, não é o que se representa, mas como se representa que passa a ser o foco.

“Last but not least”, a “estrela” do museu, “The Starry Night” de Vicent Van Gogh, pós-impressionista que foi considerado um dos pioneiros da arte moderna.

A pintura retrata a paisagem vista da janela do quarto do artista enquanto esteve no hospício de Saint-Rémy-de-Provence devido aos seus surtos psicóticos, sendo considerada uma das obras mais significativas do artista holandês.

As espirais e as estrelas são a primeira coisa que chama a atenção: as pinceladas no sentido do relógio dão uma sensação de profundidade e movimento ao céu e transmitem seu estado psicológico agitado.

Já a pequena vila não fazia, na realidade, parte da paisagem, sendo este componente imaginário atribuído à nostálgica lembrança de sua infância e juventude na Holanda.

O cipreste é um elemento comum nas obras de Van Gogh. Esta árvore está associada à morte em diversas culturas europeias, sendo usado para ornamentar cemitérios e quase sempre está relacionado ao fim da vida. Ao seu lado, a torre da igreja também se projeta para o alto, mas de uma forma um pouco mais tímida. Ambos representam a ligação entre a terra e o céu.

FDNY – Fire Zone

Deixamos para trás o MoMa para nos dirigirmos a um destino que é considerado mais do que uma atração turística um centro de aprendizagem de segurança contra incêndios. Fomos até ao FDNY FIRE ZONE onde se pode subir a um carro de bombeiros, experimentar variado equipamento e aprender a rastejar através de um corredor cheio de fumo.

A “Fire Zone” proporciona aos visitantes uma experiência em primeira mão do que fazer numa emergência através de exposições práticas e apresentações multimédia, incluindo uma cena de fogo simulada.

Esta experiência é gratuita com o NT Pass e tem o custo de $7,00 sem cartão.


Ainda na “onda mais relaxada” tiramos do plano do dia a visita à ONU e á Tudor City, ambas na margem do Rio East o que nos permitiu, pela primeira vez desde que tínhamos chegado, um almoço descansado!

Inside Broadway Tour

De tarde, tínhamos na agenda a “INSIDE BROADWAY TOURS”, incluída no NY Pass e que tem custo sem cartão de $35,00.


Estávamos à espera de mais uma visita guiada pelas ruas e teatros da Broadway e assim aprender uma pouco mais sobre esta extensa avenida que corta a ilha de Manhattan de norte a sul e vai até Bronx, mais especificamente a região conhecida como “Theater District”, entre a 6th Ave e a 8th Ave e entre as ruas 40 e 57. Essa área é famosa porque engloba dezenas de teatros, que exibem produções musicais de elevado nível, conhecidas como “espetáculos da Broadway”.

Mas o que encontramos muito mais que isso! Nesta tour os guias não são “puros” guias turísticos, são atores que, de coração e alma, nos levaram de uma forma pessoal e envolvente aos “bastidores”! Colocamos bastidores entre aspas pois na verdade não fomos mesmo aos “back stages” mas de tal forma foram imersivas as histórias relatadas ao longo das ruas e nos átrios dos teatros em que entramos que quase nos sentimos parte delas.

A tour inicia-se em Times Square onde começamos por conhecer a sua origem como um distrito de criação e negociação de cavalos!

Passou ainda por ser um local onde a prostituição funcionava livre de qualquer repressão, inclusive nos teatros centenários onde hoje acontecem as peças da Broadway, além de ser um enorme albergue a céu aberto para pessoas que passavam a maior parte do dia a mendigar, a usar e a vender drogas. É difícil de imaginar tudo isto aos dias de hoje!

Atualmente considerada a “capital do entretenimento do mundo”, os seus enormes edifícios são de tal forma iluminados que podem ser vistos do espaço! Astronautas já comprovaram em fotos: as luzes de Times Square são tão brilhantes que é um dos poucos lugares na Terra que é possível ver lá de cima!

Ficamos ainda a saber que, embora praticamente vazio, o icónico edifício “One Times Square” é altamente rentável…

Conhecido por ser aquele do qual desce anualmente a bola durante as festividades do Ano Novo, este prédio originalmente construído para se tornar a sede do jornal “New York Times” acabou por ser comprado por Lehman Brothers que o transformou no outdoor gigante que ele é hoje!

A empresa Jamestown Properties, que aluga os três andares inferiores e o topo, onde está guardada a bola gigante, é a atual proprietária. A maioria dos andares está vazia! Mas o que importa? O dinheiro que entra pela exposição de anúncios gera mais de US$ 23 milhões por ano.

Fizemos depois uma pequena incursão por Hell’s Kitchen, o bairro de Manhattan que vai desde Times Square até ao rio Hudson, também chamada de “Clinton” ou “Midtown West”, com as suasruas relativamente verdes e com muitos edifícios característicos.

Por aqui seguimos sendo-nos relatada como costumava ser uma área muito perigosa e como tal serviu como pano de fundo para históricas como West Side Story e Ganges de Nova York. Atualmente, dada a sua proximidade à Broadway, é reduto dos artistas que por lá moram e frequentam aos seus bares e restaurantes.

Já na área dos teatros foi-nos relatada a sua evolução que aqui deixamos em resumo:


O primeiro musical a ter uma longa duração da Broadway aconteceu em em meados do seculo XIX mas em número significativo os teatros só chegavam à área de Times Square no início dos anos de 1900. Mas foi só após o fim da Guerra e da Grande Depressão, que os teatros da Broadway entraram numa fase dourada com sucessivos sucessos.

Nas décadas de 1960 e 1970, começaram a mostrar uma queda no número de shows e assim a fechar as suas portas até que na década de 1980 o produtor e diretor de teatro Joe Papp passou a liderar uma campanha estabelecendo “The Public Theatre” para salvar os edifícios de teatro da demolição por interesses de desenvolvimento de Manhattan.

Ficamos também a saber o que quer dizer a expressão “Off-Broadway” e que ao contrário do que pensávamos não é necessariamente “fora da Broadway” mas sim um teatro menor, com capacidade inferior a 500 lugares, onde se apresenta uma peça que às vezes pode ser a vir produzida na Broadway ou não.

Visitamos ainda locais lendários como o “Shubert Alley, um estreito beco pedestre no coração do bairro que é considerado o centro geográfico da Broadway e o Shubert Theatre, “casa” do musical “A Chorus Line” que deteve o recorde de peça com maior duração na história da Broadway, e vários teatros centenários como Rodgers, Booth, Jacobs, Golden, entre outros.


Foi uma “viagem real”, a Broadway vista “por dentro” com muitos segredos e histórias partilhadas, algumas vividas na primeira pessoa que tornaram esta tour realmente especial.

The Ride

Deixamos para o fim da tarde o passeio no autocarro turístico “THE RIDE” e fomos mais uma vez surpreendidos nesse dia. Íamos sem grandes expectativas, pensando que faríamos um confortável passeio pelas ruas, tipo “Hop On, Hop Off, o que já nos agradava bastante dado o cansaço acumulado destes dias “infernais” em que batemos a cidade quase toda a pé.

Mas de uma viagem “comum” esta teve muito pouco… o autocarro, equipado com músicas, luzes, câmaras e monitores é puro entretenimento durante o trajeto… é ação o tempo todo! Esta viagem está incluída no NY Pass e tem o custo de $74,00 sem cartão.


Desde logo o seu interior é composto de assentos laterais…os passageiros ficam sentados “em bancada”, como se estivessem num teatro a observar a cidade e os pontos turísticos. Alem disso, as janelas de vidro, que vão do chão ao teto, as suas inúmeras lâmpadas de LED e os 40 monitores internos criam uma atmosfera de espetáculo da Broadway.

Ao que acresce talentosos guias/atores que com as suas piadas, cantorias e muita descontração proporcionam uma experiência muito divertida.

As televisões internas reproduzem partes de filmes e curiosidades sobre os pontos turísticos por onde vamos passando, com muitas luzes e músicas para complementar o clima de show.

Em locais estratégicos surgem atores nas ruas que conversam e interagem com os guias e a plateia através de microfones ocultos! Há atuações de dançarinos, rappers e cantores de rua que dão vida às ruas da cidade, isto sem que a população em geral lhes preste a mínima atenção, como se fosse normal o que estão a fazer… só mesmo em Nova York!


Estava na hora de fazer as malas para o regresso…

No dia seguinte já só tínhamos a manhã para acabar de explorar a cidade e comprar alguns souvenirs pois o voo estava marcado para as 18:55.

7º DIA

Já com as malas fechadas para ser só sair, deixamos o apartamento manhã cedo para a nossa última tour dedicada à “HIGH LINE”, que inclui a visita ao bairro de “Chelsea” e “Meatpacking District”.

O “High Line” é uma parte da linha férrea de carga que passava numa plataforma elevada, a chamada a linha West Side, ao longo da parte sul / oeste de Manhattan, de Gansevoort Street, no Meatpacking District, até rua 30th, no bairro de Chelsea. A reciclagem da linha férrea num parque urbano estimulou o desenvolvimento imobiliário nos bairros adjacentes.

Chelsea

Começamos a tour pelo Chelsea Market, um clássico dos clássicos dessa região. Era uma antiga fábrica da Nabisco (que inventou o Oreo, em 1912) e hoje é um local descontraído cheio de lojinhas e opções gastronómicas que se distingue por seus toques vintage e a reutilização de artefactos urbanos históricos.

High Line

Subimos depois à última seção do “High Line” onde fica o High Line Observation Deck, uma arquibancada onde se pode observar as vistas sobre a cidade.

Meatpacking Distrit

Seguimos por fim para o “Meatpacking District”, uma pequena área de Greenwich Village. Aqui a maioria prédios tem uma aparência industrial e as ruas estão calcetadas de paralelepípedos, fazendo lembram o seu passado em que era frequentado pela classe trabalhadora que até ao início do século XX era a maior parte da sua população uma vez que este lugar era o maior açougue de Nova York com mais 250 matadouros e frigoríficos, e daí que este bairro ter o nome Meatpacking.

Atualmente é, no entanto, conhecida pelos seus bares, hotéis, oficinas de arte e lojas de roupa sofisticadas… um local muito popular com ares glamorosos onde se respira uma cultura alternativa.

Aqui ainda visitamos o Gansevoort Market com foco na alimentação, com opções para lanches ou refeições mais completas.

Uma tour descontraída de cerca de 2 horas, incluída no NY Pass e que tem o custo de $35,00 sem o cartão.


Já de regresso ao apartamento ainda passamos pelo Macy´s, um centro comercial muito completo para os últimos souvenires de Nova York.

A viagem para o JFK foi desta feita via “air train”, muito simples e económica (custo de $5,00 por pessoa) e que por isso a aconselhamos, desde que feita com a devida antecedência: levamos cerca de 1 hora a chegar mas contem com os imprevistos!


Foi longo o relato, mas também longos e cheios foram os dias que por lá passamos!

Lembram-se das “contas” do NY Pass, fui de forma “repetitiva” indicando o valor que teríamos gasto nas visitas/atividades que fizemos… se não me enganei na soma totalizou €776,50!

Ter revivido ao fim destes anos esses momentos foi para mim tão gratificante que valeu todo o “tempo perdido” entre rever as fotos tiradas, voltar a ler as notas dos locais que tinha na época tirado para documentar as visitas, consultar a pasta onde guardo todos os bilhetes, informações e percursos realizados e “puxar” pela memória que já nos vai atraiçoando! Só por isto fez todo o sentido passar a escrito tão intensa experiência!

E, se servir de inspiração para alguém ainda mais sentido fará…

GUIA PRÁTICO


Nova York tem três aeroportos principais: JFK (John F. Kennedy), La Guardia e Newark. Esses três aeroportos internacionais fazem com que Nova York seja um dos portos de entrada mais importantes dos Estados Unidos. Nós entramos e saímos pelo JFK.

Antes de mais há que escolher o voo!

Fazemos sempre a pesquisa dos voos no Skyscanner pois assim ficamos com uma visão global dos preços praticados pelas diversas companhias aéreas e dos horários disponíveis. Tem sido um motor de busca essencial! É só escolher a opção que mais nos convém e somos redirecionados para as várias hipóteses de reserva… DICA: APÓS FEITA A ESCOLHA ir ao site da PRÓPRIA COMPANHIA AÉREA… mesmo que o skyscnaner mostre opções mais baratas… é, de certeza, a mais segura a reserva na própria companhia e mais fácil a comunicação direta quando surgem contratempos!


Se viajarem pela TAP ou Ibéria podem usar os nossos links! Como são nossos afiliados temos muitas vezes promoções!




O aeroporto internacional JF Kennedy é a mais importante infraestrutura aeroportuária de Nova Iorque e um dos aeroportos mais movimentados dos Estados Unidos. O JFK está localizado no bairro de Queens a cerca de 30 quilómetros de Manhattan.

Ao aterrar no aeroporto podem optar por vários meios de transporte para chegar ao centro de Nova Iorque.

JFK AirTrain

O JFK AirTrain é uma das melhores opções chegar a Manhattan e retornar ao aeroporto.

Foi a nossa opção no regresso.

O comboio liga o aeroporto JFK e a rede de transportes públicos de Nova Iorque MTA, incluindo a rede de metro em duas estações: a Jamaica Station e a Howard Beach Station.

Na Jamaica Station, a linha E do metro tem como destino Midtown Manhattan e a Penn Station, enquanto que as linhas J e Z devem ser usadas para quem vai para Southern Queens e Northern Brooklyn.

O preço da viagem é de 7,75 dólares, incluindo 5 dólares do AirTrain e 2,75 do metro. Deve ser adquirido o $7.50 MetroCard (diferente do MetroCard da rede normal do metro)

O tempo estimado de viagem varia em função do destino, sendo de 50 minutos se o destino for a Penn Station por metro.

Os bilhetes podem ser adquiridos numa das máquinas à entrada do terminal do AirTrain.

O serviço do AirTrain funciona 24 horas por dia durante 365 dias por ano, com uma frequência de 10 minutos.

NYC Airporter

O NYC Airporter é um autocarro que faz o trajeto entre o aeroporto JFK (terminais 7, 8, 1, 2, 4 e 5) e Manhattan com paragens no Grand Central Terminal (esquina da 42nd Street e Park Avenue), Penn Station (West 33rd Street entre a 5th e 6th Avenues) e Port Authority Bus Terminal (42nd Street entre 8th e 9th Avenues).

O NYC Airporter funciona das 5h às 23h30 com uma frequência de 15 a 30 minutos conforme a hora do dia. O bilhete custa 17 dólares (ida e volta custa 30 dólares).

Transferes Privados

Para quem procura mais conforto no transporte do aeroporto para o centro, o shuttle pode ser uma excelente alternativa. Façam aqui as vossas pesquisas:

MTA NYC Bus

A rede de transportes públicos de autocarros de Nova Iorque, gerida pela MTA (Metropolitan Transportation Authority), é a escolha mais económica para chegar ao centro da cidade.

Os autocarros partem do terminal 5 (sector oriental) e têm paragens nos bairros de de Queens e Brooklyn com ligações a outras linhas de autocarro e à rede de metro.

No portal de informações da MTA pode verificar os percursos e paragens das linhas de autocarro (Q10, Q3 e B15). Um bilhete simples custa 2,75 dólares.

Informação Importante O autocarro NYC Bus só é recomendado caso esteja familiarizado com a rede de transportes públicos a cidade, não sendo aconselhável a quem visita a cidade pela primeira vez.

Táxis / Uber

Os táxis no JFK possuem dois tipos de tarifas: preço tabelado (flat fare trip) e por taxímetro.

A tarifa tabelada para Manhattan custa 52 dólares mais portagens (5,50 dólares) e gorjeta (normalmente 15% do valor total). Uma viagem de taxímetro até Times Square custa entre 50 e 70 dólares (no início da viagem o taxímetro deve indicar 3 dólares, o valor base). O preço varia de acordo com o período do dia, o tráfego e o destino final.

Nas viagens durante o horário de maior intensidade de tráfego (das 16h às 20h durante os dias da semana) é necessário pagar uma sobretaxa de 1 dólar. No período noturno (das 20h às 6h) também existe uma sobretaxa adicional de 50 cêntimos.

Nós usamos um UBER, para evitar andar ainda á procura das estações e transbordos, face ao nosso atraso á chegada.


A parte central de Manhattan, ou Midtown, contém a maior parte das atrações turísticas tradicionais. É a área mais procurada pelos visitantes para se hospedar. E foi essa a nossa opção, mas há sempre a questão do custo acrescido por ficar nesta zona. O nosso conselho é fazerem o mesmo ou então pelo menos ter em conta ficar perto de uma estação de metro para facilmente chegarem ao centro de Manhattan.

Na altura reservamos através da plataforma AIRBNR, e ficamos satisfeitos! Mas, atualmente após uma disputa judicial estabelecido que no estado é ilegal arrendar apartamentos de particulares por períodos inferiores a 30 dias.

Fica a opção HOTEL!

A nossa escolha número 1 é utilizar o Booking.com.

Temos reservado através desta plataforma por todo o mundo e não podemos estar mais satisfeitos. NUNCA tivemos qualquer tipo de problema. Por isso, independentemente do tipo de alojamento que escolherem para a vossa estadia recomendamos que reservem aqui sem receios. Booking.com


Nova York é uma cidade para se visitar o ano inteiro!

Cada estação do ano tem seu encanto e proporciona experiências diferentes e independente da época do ano, Nova York sempre vale a pena!

Nova York possui estações bem definidas: o inverno tem médias de 2º e o verão média de 24ºC, mas com sensação térmica que passa dos 40ºC em dias muito quentes. As chuvas são bem distribuídas ao longo do ano, não havendo uma estação chuvosa ou uma estação seca bem definidas, embora se saiba que na primavera costuma chover.

Mas se no inverno faz frio e neva, encontrar uma Nova York enfeitada para o Natal, com pista de patinação, árvores com suas folhas caídas e galhos cobertos por neve é simplesmeste mágico!

No verão a cidade vive seu esplendor. Os dias de sol são muito valorizados, os eventos são constantes, festivais de verão e feiras de rua são organizadas… Mas, preparem-se para encontrar tudo mais cheio, principalmente as ruas e os pontos turísticos mais famosos. Os voos e hospedagem podem ser mais caros nesse período também, principalmente entre julho e agosto, época de férias escolares no hemisfério norte.

A primavera e o outono são períodos de transição, em que as temperaturas não são tão quentes ou tão frias.


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Todos os textos são da autoria de Olga Samões e todas as fotografias deste blog são da autoria de José Carlos Lacerda, exceto onde devidamente identificado. Proibida a reprodução de quaisquer textos e/ou imagens sem autorização prévia dos autores

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O nosso objetivo...

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WHERE ARE WE ⁉️_#travel #travelphotograp

Durante anos, temos viajado por este mundo fora...temos vivido experiências únicas que fomos relatando apenas entre o nosso grupo de amigos pessoais.
Gostávamos, no entanto de partilhar com o mundo as nossa vivências e quem sabe ser uma fonte de inspiração, de ajuda e de conselhos para quem quiser viajar.
Finalmente decidimos assumir esse papel fundando  o "Travel Around the World" com esta missão.
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Africa

Por enquanto este é o continente menos visitado... mas já nos permitiu uma das melhores aventuras a dois! Percorremos de mota grande parte de Marrocos em pleno Ramadão! Contamos aqui tudo na seção "Marrocos - Bruuummm...até ao deserto do Sahara!"

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A nossa primeira “grande viagem” levou-nos ao continente norte americano!

Passamos uma semana fabulosa em NY... “corremos” a cidade de “fio a pavio” e até hoje ainda não encontramos nenhuma que se lhe compare...

Uns anos depois voltamos para percorrer a mítica Route 66, numa viagem que agora, vista à distância, foi um verdadeiro teste à nossa relação: 17 dias, sozinhos, a maioria do tempo “enfiados” dentro dum carro, percorrendo um país de costa a costa, pernoitando todas as noites em locais diferentes, sujeitos a variações de fusos horários, clima e de humor!!!!!

De Chicago a Los Angeles, fomos passando, um a um pelos Estados de Illinois, Missouri, Kansas, Ocklahoma, Texas, New Mexico, Arizona e California... com desvios ao Estado de Utah para conhecer Monumento Valley, ao estado de Nevada para pernoitar na "fabulous Las Vegas" e ao grandioso Grand Canyon... sem dúvida a viagem das nossas vidas! Contamos aqui tudo na seção "Pelos States!"

América do Norte

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Europa

“Esgotadas” as férias em destinos mais longínquos, é nas escapadinhas de fim de semana que vamos, uma a uma, visitando as cidades europeias...

Não é fácil! Implica sempre voos tardios à sexta feira após um dia de trabalho ou uma alvorada com as galinhas no sábado para chegar ao destino e “bater pé” o dia todo... regressar domingo a horas impróprias para estar de novo “ao serviço” segunda de manhã !!!

Missão - ver tudo !!!!

Grau de sucesso - 100%


Como ???? Quando se viaja a dois tem que se ter interesses comuns e uma forma de estar na vida semelhante. Isso é determinante para que a viagem decorra com sucesso, agrade a ambos e nos permita, muitas vezes com “sacrifício” do descanso e com algumas refeições “esquecidas” usufruir ao máximo! Contamos aqui tudo na seção "Europa / City Breaks!"

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Na Ásia vivemos experiências tão enriquecedoras e tão díspares que não resistimos partilhar contigo… fazem parte da nossa história!

Começámos pelo Japão… um daqueles destinos místicos e fascinantes, com contrastes entre a tradição e a modernidade. Um destino de difícil compreensão pelo olhar ocidental e, por isso mesmo, verdadeiramente desafiador. A “terra do sol nascente” deixou-nos impressionados com a sua organização, a sua extrema educação, extrema limpeza e sensação de segurança inigualável!

Mas o nosso coração, de verdade, ficou no Sudoeste Asiático… Vietname, Camboja, Laos, Tailândia, Indonésia, Singapura, Sri Lanka… de todos estes países regressámos a casa de coração cheio, em todos eles absorvermos tudo o que nos nossos sentidos nos podem dar! Mais que os “grandes” monumentos marcou-nos as pessoas com que nos cruzámos e que tornaram cada sitio “enorme”… Vimos paisagens deslumbrantes que nos ficaram na retina muitas vezes mais pela sua simplicidade e autenticidade do que pela sua dimensão. Eternizamos na nossa memória cheiros, sons, sabores… a vida quotidiana dum povo, o seu estilo de vida alheio ao turista que passa maravilhado com a tamanha diversidade cultural

Contamos aqui tudo na seção "De olhos em bico!"

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Oceania

Longe de tudo, literalmente do outro lado do mundo foi a nossa escolha para a lua de mel...

Começamos pela Austrália...As suas dimensões continentais abrigam desde um paradisíaco fundo do mar turquesa sob um sol tropical, um sagrado deserto vermelho, paisagens inusitadas e cinematográficas e uma das faunas mais curiosas e perigosas do planeta. Tudo isso pontilhado por cidades cosmopolitas e com infraestruturas de primeiro mundo, como a gigante Sydney e a movimentada Melbourne.

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