Foi durante o século XIV que aconteceu em Portugal, a clássica e trágica história de amor de Pedro e Inês de Castro. Neste dia dedicado á zona de Alcobaça a visita ao seu principal ex-libris fez-nos recuar a esse tempo…
Pedro era o príncipe herdeiro, filho do rei Afonso IV e Inês, dama de companhia da sua mulher D. Constança. No entanto eram frequentes os encontros românticos do Infante com Inês nos jardins da Quinta das Lágrimas, um local também lindo do nosso Portugal e que, em breve também merecerá uma visita nossa…
Mas regressando à história, após a morte da sua esposa, Pedro passou a viver maritalmente com Inês, afrontando deste modo o rei D. Afonso IV, seu pai, que condenava de forma veemente a ligação. Pressionado pela corte, o Rei acabou por mandar assassinar Inês de Castro, provocando a revolta de Pedro que mal assumiu a coroa mandou prender e matar os assassinos, arrancando-lhes o coração!
Mais tarde, jurando que se havia casado secretamente com Inês de Castro, D. Pedro impôs o seu reconhecimento como rainha de Portugal, sendo coroada morta! Em Abril de 1360, ordenou a trasladação o corpo de Inês de Coimbra para o Mosteiro Real de Alcobaça, onde mandou construir dois magníficos túmulos, para que pudesse descansar para sempre ao lado da sua eterna amada, imortalizando assim em pedra a mais arrebatadora história de amor portuguesa.
![Alcobaça](https://static.wixstatic.com/media/7e2aa0_99b60a2ff78c4ca5aa4b059c1f979481~mv2.jpg/v1/fill/w_980,h_1743,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_avif,quality_auto/7e2aa0_99b60a2ff78c4ca5aa4b059c1f979481~mv2.jpg)
Túmulos de Pedro e Inês
Mas muito antes desta histórica história de amor já o Mosteiro de Alcobaça era um marco da nossa cultura, não apenas como um espaço para cultos e cerimónias mas também por ser detentor de uma das maiores bibliotecas de Portugal, senão de toda a Europa na Idade Média.
No entanto com a fuga da família real para o Brasil e o avanço das tropas francesas, a biblioteca, os túmulos e a decoração do mosteiro foram saqueados, queimados, destruídos. Anos depois, os últimos monges que viviam em Alcobaça deixariam o local e o que restou, atravessou o século XIX ao abandono…
Foi só no século XX que voltou à ribalta vindo a tornar-se uma das 7 maravilhas de Portugal e Património Mundial da Unesco.
Fomos conhecer-lo um pouco, menos do que nos agradava, mas estando a visita integrada no passeio de todo o terreno pela região centro oeste de Portugal, o tempo não chegava para tudo…
E se por fora já impressiona o interior não lhe fica atrás, com uma nave de mais de cem metros de comprimento ostentando arcos e colunas de um branco estarrecedor e com a simplicidade típica desta ordem monástica de Cister cujo lema “orare et labutare” ( orar e trabalhar) os impedia de ostentações.
Vimos ainda túmulos os “inevitáveis” túmulos de Pedro e Inês, trabalhados em pedras brancas, com entalhes dignos de grandes artistas do Renascimento, que contam passagens da tragédia, posicionamos frente a frente para, conforme vontade do soberano, quando ambos acordarem do sono eterno ser a sua amada a sua primeira visão!
E como
“Quem passa por Alcobaça
Não passa sem lá voltar
Por mais que tente e que faça
É lembrança que não passa
Porque não pode passar” (Maria de Lurdes Resende)
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A melhor forma de chegar a Alcobaça é de carro.
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A apenas cerca de 10 quilómetros fica uma das vilas costeiras mais bonitas de Portugal… Porque não aproveitar para uma visita?
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