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"Bruuummm...até ao deserto do Sahara!" - 6ª Etapa - Merzouga / Vale do Dadés

Foto do escritor: aroundtheworldtravelaroundtheworldtravel

Atualizado: 3 de set. de 2019

As expectativas já se concentravam em torno do próximo destino: as duas gargantas dos vales do rio Todra e do rio Dadés mas ainda tínhamos pela frente a saída pelas pistas de areia até á estrada de alcatrão para continuarmos a viagem…no entanto, com a ajuda dum jipe do hotel que transportou as malas e nos indicou o caminho, tudo correu sem qualquer sobressalto de maior.

Partíamos agora rumo a Tinerhir, a localidade onde desviaríamos para conhecer o vale do Todra, passando por diversas populações locais. De todos os trajetos percorridos foi este o que mais gostámos: nas aldeias que fomos atravessando havia mais gente fora de casa e na rua abundavam os mercados a céu aberto, que atravancavam o trânsito na única via mas que nos permitia um contacto mais de perto com os seus habitantes. Tirei centenas de fotos de cada pormenor que surgia a cada curva…infelizmente todas se perderam com a máquina que inadvertidamente me caiu do bolso já no fim desta etapa. Um sentimento de frustração enorme nem tanto pela máquina em si mas por ficar sem tantos registos, tão autênticos e únicos, tão irrepetíveis…ficarão apenas para sempre na memória!

Com o deserto para trás uma boa parte deste caminho rumo ao oeste faz-se ao longo de uma estrada que corre paralela ao fértil vale do rio Dadés. O relevo é ainda marcado pela presença do Alto Atlas, a norte, mas o percurso conta com uma via pouco acidentada.

De Tinerhir até às famosas gargantas do Todra é um pequeno passeio de poucos quilómetros, atravessando uma sequência quase ininterrupta de palmeiras, a perder de vista. As mesmas que garantem a continuidade das colheitas de tâmaras e respetiva comercialização que são a alavanca da economia local.

A estrada mais á frente começa a parecer um estreito corredor, cor de laranja, de paredes verticais, tão profundo e abrupto que nem a luz do sol consegue penetrar e alcançar as margens do Rio Todra. Chamam-lhe “Gorges” (garganta) e percebe-se porquê…

A margem e o rio estendem-se lado a lado. Em terra, a estrada de betão serpenteia ao longo do rio e neste, a água corre entre os bancos de seixos, arrastados e amontoados pelas correntes. Muitas pessoas caminham descalças sobre o leito, já que a água lhes dá pelos tornozelos. Na estrada o vaivém de carros e camionetas, camelos para alugar e bancas com turbantes, lenços e mais umas quantas recordações para quem quiser comprar tornam ainda mais demorado fazer o percurso. Paramos no local mais “mediático” e juntamo-nos aos que por ali aproveitavam para se refrescar naquelas águas límpidas.



O próximo destino era Boulmane onde pernoitaríamos no Hotel Xaluca Dadés.



Abandonamos o rio Todra e regressamos á N10 para os últimos 50 quilómetros. Não foi, no entanto, um percurso fácil…começou-se a levantar vento de tal forma forte que as rajadas nos fizeram diminuir consideravelmente o ritmo da viagem e temer mesmo uma queda de tal forma nos sentíamos empurrados em várias e aleatórias direções… Ao longe víamos remoinhos de terra a formar-se e a elevar-se no ar de forma assustadora! Um deles, felizmente dos mais pequenos, chegou mesmo a atingir-nos no meio da estrada. Foi também nesta parte da etapa que perdi a máquina que tinha colocado no bolso…provavelmente as rajadas de vento que abanavam o casaco fizeram-na cair sem eu ter dado conta tendo apenas dado pela sua falta já no quarto do hotel quando a procurava para rever as fotos tiradas.

A pequena localidade de Boulmane não tem muito para oferecer. Por isso, após um breve almoço no hotel, único sitio onde nos foi possível fazer uma refeição pois devido ao Ramadão todo o comércio se encontra com horários alterados, nomeadamente os restaurantes que só abriam para o jantar decidimos fazer uma incursão pelo vale do rio Dadés acima.




Seguimos vários quilómetros com algumas perspectivas notáveis sobre o vale onde os oásis verdes e os kasbahs do interior se misturam com a rocha avermelhada caracterizada pelos “dedos de macaco” dando á paisagem uma tonalidade bicolor que parece ter sido pintada a pincel, até que a estrada começou a ficar em muito mau estado devido ás obras inacabadas de que estava a ser alvo, o que fez com que tivéssemos que regressar sem atingir o seu topo e assim ter a perspectiva da sua famosa estrada em ziguezague serpenteando na montanha. 

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Por enquanto este é o continente menos visitado... mas já nos permitiu uma das melhores aventuras a dois! Percorremos de mota grande parte de Marrocos em pleno Ramadão! Contamos aqui tudo na seção "Marrocos - Bruuummm...até ao deserto do Sahara!"

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A nossa primeira “grande viagem” levou-nos ao continente norte americano!

Passamos uma semana fabulosa em NY... “corremos” a cidade de “fio a pavio” e até hoje ainda não encontramos nenhuma que se lhe compare...

Uns anos depois voltamos para percorrer a mítica Route 66, numa viagem que agora, vista à distância, foi um verdadeiro teste à nossa relação: 17 dias, sozinhos, a maioria do tempo “enfiados” dentro dum carro, percorrendo um país de costa a costa, pernoitando todas as noites em locais diferentes, sujeitos a variações de fusos horários, clima e de humor!!!!!

De Chicago a Los Angeles, fomos passando, um a um pelos Estados de Illinois, Missouri, Kansas, Ocklahoma, Texas, New Mexico, Arizona e California... com desvios ao Estado de Utah para conhecer Monumento Valley, ao estado de Nevada para pernoitar na "fabulous Las Vegas" e ao grandioso Grand Canyon... sem dúvida a viagem das nossas vidas! Contamos aqui tudo na seção "Pelos States!"

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“Esgotadas” as férias em destinos mais longínquos, é nas escapadinhas de fim de semana que vamos, uma a uma, visitando as cidades europeias...

Não é fácil! Implica sempre voos tardios à sexta feira após um dia de trabalho ou uma alvorada com as galinhas no sábado para chegar ao destino e “bater pé” o dia todo... regressar domingo a horas impróprias para estar de novo “ao serviço” segunda de manhã !!!

Missão - ver tudo !!!!

Grau de sucesso - 100%


Como ???? Quando se viaja a dois tem que se ter interesses comuns e uma forma de estar na vida semelhante. Isso é determinante para que a viagem decorra com sucesso, agrade a ambos e nos permita, muitas vezes com “sacrifício” do descanso e com algumas refeições “esquecidas” usufruir ao máximo! Contamos aqui tudo na seção "Europa / City Breaks!"

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Na Ásia vivemos experiências tão enriquecedoras e tão díspares que não resistimos partilhar contigo… fazem parte da nossa história!

Começámos pelo Japão… um daqueles destinos místicos e fascinantes, com contrastes entre a tradição e a modernidade. Um destino de difícil compreensão pelo olhar ocidental e, por isso mesmo, verdadeiramente desafiador. A “terra do sol nascente” deixou-nos impressionados com a sua organização, a sua extrema educação, extrema limpeza e sensação de segurança inigualável!

Mas o nosso coração, de verdade, ficou no Sudoeste Asiático… Vietname, Camboja, Laos, Tailândia, Indonésia, Singapura, Sri Lanka… de todos estes países regressámos a casa de coração cheio, em todos eles absorvermos tudo o que nos nossos sentidos nos podem dar! Mais que os “grandes” monumentos marcou-nos as pessoas com que nos cruzámos e que tornaram cada sitio “enorme”… Vimos paisagens deslumbrantes que nos ficaram na retina muitas vezes mais pela sua simplicidade e autenticidade do que pela sua dimensão. Eternizamos na nossa memória cheiros, sons, sabores… a vida quotidiana dum povo, o seu estilo de vida alheio ao turista que passa maravilhado com a tamanha diversidade cultural

Contamos aqui tudo na seção "De olhos em bico!"

Ásia

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Oceania

Longe de tudo, literalmente do outro lado do mundo foi a nossa escolha para a lua de mel...

Começamos pela Austrália...As suas dimensões continentais abrigam desde um paradisíaco fundo do mar turquesa sob um sol tropical, um sagrado deserto vermelho, paisagens inusitadas e cinematográficas e uma das faunas mais curiosas e perigosas do planeta. Tudo isso pontilhado por cidades cosmopolitas e com infraestruturas de primeiro mundo, como a gigante Sydney e a movimentada Melbourne.

Seguimos daí para a Nova Zelândia que reúne cenários naturais de tirar a respiração como vulcões, géiseres e lagos multicoloridos com uma intensa cultura Maori, seu povo nativo e em cuja língua, “Aotearoa”, significa “Terra da Grande Nuvem Branca”! Contamos aqui tudo na seção "Do outro lado do Mundo!"

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